O
motorista particular de Gabriela Rabelo Cunha, 44 anos, foi o primeiro suspeito
preso. Rafael Henrique Dutra da Silva, 32, usou o celular da vítima durante
dois meses após a morte para se passar por ela
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Gabriela Rabelo Cunha, 44 anos, foi assassinada em outubro do ano passado(foto: Facebook/Reprodução) |
Agentes da Divisão de Sequestros da Polícia Civil
(DRA) prenderam mais dois acusados de participar do assassinato da diretora do
Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Gabriela Rabelo Cunha, 44 anos. O crime
aconteceu em outubro do ano passado e o primeiro suspeito a ser preso foi o
motorista particular dela, Rafael Henrique Dutra da Silva, 32, detido em
janeiro deste ano acusado de ocultação de cadáver e latrocínio.
De acordo com a Polícia Civil, os outros dois
acusados de participar do crime foram presos na última semana. As investigações
constataram que Rafael a matou para movimentar a conta bancária da servidora e
apropriar-se dos bens dela. No dia do assassinato, ele seguiu com a médica à
uma agência bancária de Sobradinho. No caminho de volta à Taguatinga, ele parou
o veículo, alegando que escutou um barulho na roda. Nesse momento, um outro
suspeito entrou no automóvel, simulando o assalto.
s agentes constataram que a médica foi morta
por enforcamento e teve o corpo deixado em uma estada de chão, próximo à Brazlândia.
Durante dois meses, o motorista ainda manteve contato com a família de Gabriela
usando o telefone dela. Após a prisão, ele levou os policiais ao local do
crime.
Exames do Instituto Médico Legal (IML)
constataram que o corpo realmente era da médica. Na residência do suspeito,
tinham inúmeros objetos da vítima, além de cartões bancários e dois
veículos.
Comparsas
Rafael teria contratado os outros dois
suspeitos, um de 19 e outro de 29 anos, para ajudá-lo a cometer o assassinato.
No entanto, aos investigadores, eles contaram que não sabiam que o motorista
iria matar a médica, pensaram apenas que iriam roubar o veículo. No entanto,
apenas um deles foi ao local do cirme.
"O mais novo dirigiu o carro de Gabriela,
enquanto ela foi rendida no banco de trás. Nesse momento, Rafael sentou ao lado
da médica e a enforcou com uma corda por mais de 20 minutos, até ela perder a
vida", explicou o delegado à frente do caso, Leandro Ritt. De acordo com o
investigador, o outro acusado, de 29 anos, era amigo de infância de Rafael e
teria o ajudado a conseguir o contato do outro comparsa.
O investigador ressalta que o trio confessou
ter participado do crime. O jovem de 19 anos teria recebido R$ 5 mil após o
crime e teria investido o dinheiro em um motocicleta, que ainda pegou fogo por
sobrecarga no motor um dia após o assassinato da médica. "O outro disse
que não recebeu nada pelo crime, porque acreditava se tratar apenas de um roubo
a veículo. Como ele não estava na cena do crime, só teria descobrido o
assassinato momentos depois", esclareceu.
Todos serão acusados de latrocínio e ocultação
de cadáver, porém, como um dos suspeitos não estava na cena do crime e afirmou
não saber que o caso seria um assassinato, caberá à Justiça julgar por quais
crimes ele responderá. Caso condenados, eles podem cumprir pena de 20 a 30 anos
de prisão.
Fonte: Correio Braziliense