Moradora do DF descobre paradeiro do bebê
levado dos braços dela, na porta do Hospital Regional do Gama, depois de seis
anos de investigação
Equipe que comandou a investigação: a Polícia Civil do DF investigou 15 pessoas pelo sequestro, mas não conseguiu identificar o autor(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press) |
Dezessete anos após o desfecho do caso
Pedrinho, levado ainda recém-nascido da maternidade do Hospital Santa Lúcia,
Brasília tornou-se cenário de história similar as do sequestro de maior
repercussão no país. Aos 56 anos, a moradora da capital Sueli Gomes da Silva
descobriu o paradeiro do filho, levado de seus braços há 38 anos, na porta do
Hospital Regional do Gama.
Depois de quase quatro décadas com a esperança
de encontrá-lo, a funcionária pública o viu pela primeira vez na última
quarta-feira, em uma chamada de vídeo. “Eu ficava olhando para ele e ele para
mim. Foi uma coisa mágica, maravilhosa!”, contou, emocionada. O primeiro
encontro cara a cara deve acontecer na próxima semana, em território candango.
Órfã de mãe e abandonada pelo pai com quatro
irmãs e um irmão, Sueli morava, à época, em um orfanato localizado em Corumbá
de Goiás, a 125km de Brasília. Na instituição, sofreu abusos sexuais e, apesar de
reportá-los aos superiores do abrigo, não recebeu ajuda. Em um ambiente de
vulnerabilidade, agravado pela dependência financeira, Sueli ficou grávida, em
um relacionamento consensual.