Ex-governador do DF é acusado
de pagar para testemunha negar fatos. Político foi preso em 2010 por
'atrapalhar investigações', segundo Justiça.
O ex-governador José Roberto
Arruda (ex-DEM e atualmente no PR) prestou depoimento nesta quinta-feira (17)
em um dos processos da Operação Caixa de Pandora. Durante duas horas, ele se
defendeu das acusações de que tentou subornar o jornalista Edson Sombra, uma
das principais testemunhas do escândalo do mensalão do DEM.
De acordo com o Ministério
Público, um emissário de Arruda (Antônio Bento) entregou R$ 200 mil – a mando
do político – em uma lanchonete do Sudoeste para que ficasse calado. Ao todo, o
MP diz que o ex-governador ofereceu R$ 1 milhão e uma linha de crédito do BRB
para que Sombra mentisse à polícia e dissesse que tudo o que tinha sido
delatado por Durval Barbosa era inventado.
A Justiça entendeu que as
tratativas eram uma forma de tentar atrapalhar as investigações. Em 2010, todos
os envolvidos foram presos e ficaram dois meses na cadeia.
No depoimento, Arruda disse
que tudo foi inventado porque "contrariou interesses" enquanto esteve
à frente do governo. Declarou ainda