Neste ano,
disputas pelas prefeituras serão o termômetro das forças políticas e das
coligações em todo o país na sucessão ao Planalto
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Bolsonaro, que estuda concorrer à reeleição ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro, já teve Doria como aliado. O governador paulista é uma das opções do PSDB para a Presidência(foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação ) |
Apesar de ainda faltarem quase três anos para a
eleição do próximo presidente da República, e de haver um pleito municipal este
ano, que será um forte termômetro para a sucessão presidencial, os nomes mais
cotados já começam a escutar conselhos de assessores e parlamentares mais
próximos sobre retoques necessários no comportamento eleitoral.
Entre as opções do PSDB, o governador de São Paulo,
João Doria, e o apresentador Luciano Huck precisam fortalecer seus nomes em
meio às classes sociais mais baixas. Enquanto Doria se afasta desse público por
seu estilo de vida luxuoso, Huck tende a reviver as ações midiáticas de seu
programa de tevê — onde muda a vida das pessoas ao reformar casas e oferecer
empregos. Os dois sinalizam, informalmente, a intenção de participar da corrida
eleitoral, mas precisam “popularizar” suas figuras pelos próximos anos, dizem
assessores próximos ao cacique tucano e ao pretenso político.
A ideia de Doria é se tornar mais popular no
Nordeste, que rechaça o estilo de vida da elite paulistana. Huck, cuja vantagem
é ser conhecido nacionalmente, precisa consolidar o discurso social. O
movimento desses possíveis candidatos causa preocupação entre os petistas e
aliados do presidente Jair Bolsonaro, que estuda a possibilidade de concorrer
ao próximo pleito ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio
Moro, ainda tratado como herói nacional após o primeiro ano de governo ao lado
de Bolsonaro.