Movimentos de atingidos denunciam também
conivência do Estado brasileiro; e alertam que, se nada for feito pelo
Executivo e Legislativo, novos rompimentos de barragens ocorrerão. CPI aprova
convocação de ex-ministro Moreira Franco
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Representante dos Atingidos por Barragens, Tchenna Maso: “A Vale está enrolando e protelando" |
A
representante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Tchenna Maso, denunciou
a demora da empresa Vale no pagamento de indenização emergencial aos familiares
das vítimas do rompimento de barragem em Brumadinho (MG), ocorrido em 25 de
janeiro. A denúncia foi feita em audiência pública na Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) de Brumadinho da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (16).
“A
Vale está enrolando e protelando. Em um primeiro momento foi determinado pela
Justiça prazo de dez dias para pagamento de auxílio emergencial. Agora foi
determinado um novo prazo de 30 dias, sendo que o crime ocorreu há mais de três
meses. A gente está falando de famílias que perderam sua fonte de renda a
partir do crime”, disse.
Tchenna
Maso também apresentou à CPI reclamação em relação à demora do Instituto Médico
Legal (IML) no processo de reconhecimento de corpos. Até agora 240 corpos foram
identificados e outros 32 continuam desaparecidos, segundo informações da
Polícia Civil. Mas, conforme a representante do movimento de atingidos, ainda
há 194 corpos encontrados em processo de reconhecimento.