Distrital destaca importância de transição do isolamento para a
flexibilização das restrições
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(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press) |
O vice-presidente da
Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado distrital Rodrigo
Delmasso (Republicanos), defendeu a flexibilização das restrições do comércio
na capital. O parlamentar destacou que é preciso fazer uma transição de
isolamento, autorizando o retorno das atividades econômicas, gradativamente,
para então chegar ao isolamento vertical, no qual apenas as pessoas em grupo de
risco ficam de quarentena.
O tema foi discutido em entrevista no programa CB.Poder — parceira
do Correio com a TV Brasília. O distrital destacou, também, a
importância dos servidores públicos para recuperar a economia após a pandemia e
analisou positivamente a aproximação do governador Ibaneis Rocha (MDB) com o
presidente Jair Bolsonaro.
Como o senhor está vendo essa decisão do
governo do DF de reabrir o comércio? O senhor também está propondo a reabertura
dos templos religiosos. Como avalia isso?
O governo precisa fazer uma espécie
de transição. Começou com modelo de isolamento horizontal, ou seja o isolamento
social de todos para evitar o contágio, e agora é necessário que se faça a
transição para o isolamento intermitente, abrindo aos poucos as atividades
econômicas, principalmente aquelas que não geram aglomeração de pessoas, até
que se chegue ao isolamento vertical, isolando somente a população de risco. Em
relação aos templos religiosos, nós tivemos uma reunião com o chefe da Casa
Civil e sugerimos alguns critérios para autorizar a realização de celebrações
presenciais. A nossa proposta está de acordo com a orientação da Organização
Mundial de Saúde (OMS): distanciamento de quatro metros quadrados (dois de cada
lado), uso de máscara, a disponibilização de álcool em gel na entrada, além da
orientação de membros acima de 60 anos e crianças abaixo de 10 não frequentem
as celebrações durante esse período.
E as escolas? É preciso dar um tempo maior
para a reabertura? Qual a sua opinião?
A Comissão de Educação da Câmara fez
uma reunião com os pais das escolas militares, que foram citados inicialmente
nessa reabertura. Todos os pais foram contrários à abertura das escolas neste
momento, mas o governador foi a público explicar que ele pediu à Secretaria de
Educação um estudo, em 10 dias, para saber como voltar às aulas com segurança em
31 de maio. Da mesma forma que outros setores da economia estão abrindo, é
importante a educação também ter um plano. Para mim, o prazo vai depender muito
dos números. No DF não teve aquele o aumento que se esperava. Isso porque nós
nos antecipamos nas medidas e estamos colhendo os frutos dessa antecipação.
Mas a gente não coloca em risco todos os
ganhos?
Acredito que não. O governo está
fazendo, paralelamente, a testagem em massa. Com isso, a gente consegue isolar
quem está com o vírus e liberar quem está saudável. Mas, claro, o retorno de
qualquer atividade precisa ter um plano de contingência e os cuidados com a
biossegurança.