quinta-feira, 16 de maio de 2019

'Não somos responsáveis pelo contingenciamento atual', diz ministro


Segundo Abraham Weintraub, o orçamento atual do MEC foi feito pelo governo da ex-presidente Dilma

Ministro da Educação Abraham Weintraub
Em sabatina convocada pelos deputados federais, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a explicar, nesta quarta-feira (15/5), o contingenciamento feito no orçamento das universidades e institutos federais. "Não somos responsáveis pelo contingenciamento atual. O orçamento atual foi feito pelo governo eleito da presidente Dilma Rousseff. Nós não votamos nele. Não somos responsáveis pelo desastre da educação básica brasileira", disse.


Antes de ouvir os deputados, o ministro da Educação teve 30 minutos para fazer uma apresentação aos congressistas. O gestor da pasta agradeceu a oportunidade de estar na Casa. "Estou aqui para elucidar uma série de informações que foram distorcidas e estão gerando um mal-estar na sociedade", afirmou.

Weintraub expôs o mesmo Power Point que já havia apresentado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), no Senado, na última semana, e no café da manhã com os jornalistas na manhã de terça-feira (14/5). A apresentação traz as metas fundamentadas no Plano Nacional de Educação (PNE).

Após o questionamentos de alguns deputados, Weintraub voltou a responder que está apenas obedecendo a lei e insistiu em afirmar, mais uma vez, que a crise atual foi originada pelos governos anteriores. Durante um dos pronunciamentos, houve confusão no plenário e um coro de deputados pediu a demissão do ministro.

Oposição
Para o deputado federal Alessandro Molon, líder da oposição na Câmara, as ações do ministro têm trazido preocupação à sociedade. "O que se percebe é uma tentativa de se perseguir as universidades e de atacar a produção de conhecimento. O governo não acredita em livros, acredita em armas", afirmou. 

Molon também respondeu à fala do presidente Jair Bolsonaro. "Não chamem os nosso professores e estudantes de idiotas úteis. Respeitem as universidades, a educação e os estudantes brasileiros", completou.

GDF envia LDO à Câmara, com estimativa de queda de receitas e sem previsão de reajustes

CRÉDITO: PAULA RAFIZA/ESP.CB/D.A PRESS

O governo enviou à Câmara Legislativa, nesta quarta-feira (15/05), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. O cenário traçado pelo GDF para o orçamento do ano que vem é preocupante: o Executivo prevê uma queda de receita de 4,59%, em comparação com o estimado para 2019. Com isso, a arrecadação tributária e as entradas de outras fontes de receita devem cair de R$ 26,22 bilhões para R$ 25 bilhões. As despesas previstas terão que sofrer cortes na mesma proporção.
 
Com o Fundo Constitucional do DF, o orçamento total previsto para 2020 é de R$ 40 bilhões. A LDO não traz margem para reajustes salariais ou novas nomeações em 2020. O texto da proposta foi entregue no final da tarde desta quarta-feira, ao presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB).

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Nos quatro primeiros meses, GDF tem cinco mudanças em cargos de chefia


Incompatibilidade, problemas com o Ministério Público e embates internos fazem com que o governador Ibaneis Rocha (MDB) mude cargos de chefia sensíveis à estrutura do Palácio do Buriti. A última alteração no governo ocorreu no comando da Casa Civil

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Com o pedido de demissão do então secretário-chefe da Casa Civil Eumar Novacki, o governo de Ibaneis Rocha (MDB) contabiliza cinco baixas em cargos de chefia em quatro meses e meio de mandato. Além de Novacki, os comandantes do Detran, da Casa Militar, da Novacap e da Caesb deixaram a estrutura do GDF. Entre as razões estão embates, incompatibilidade e problemas com a Justiça.

No caso de Novacki, pesaram, sobretudo, a falta de poder da pasta — fundamental em outros governos — e desavenças com nomes do primeiro escalão do governo. Nos bastidores, relata-se também que ele e o chefe do Palácio do Buriti não estavam mais alinhados e que episódios em que Novacki assumiu muito protagonismo incomodaram o chefe do Executivo local.

A gota d’água para a decisão de sair do governo foi a retirada da Casa Civil da responsabilidade de publicar o Diário Oficial do DF. A tarefa era uma das atribuições centrais do órgão, uma vez que o documento traz todos os atos relevantes do governo. A função passou a ser da chefia de gabinete do governador, comandado por Kaline Gonzaga. Novacki também foi sondado para ocupar funções no governo federal, o que, diante da situação atual, colaborou, segundo membros do GDF, para a decisão final de deixar a administração local.

Ontem, o governador Ibaneis minimizou o problema e afirmou que não houve desentendimentos entre ele e o ex-comandado. “Ele pediu para sair do governo porque tem outras pretensões e está disposto a seguir outros caminhos”, justificou o emedebista. “Não existe espécie alguma de desalinho. É um amigo. A nossa relação continua a mesma. Ele é um conselheiro de muitos anos. Desde o momento em que ele aportou aqui no Distrito Federal, recebeu todo o meu carinho e vai continuar sendo um amigo”, completou.

Polícia prende mais dois suspeitos da morte de diretora do HRT


O motorista particular de Gabriela Rabelo Cunha, 44 anos, foi o primeiro suspeito preso. Rafael Henrique Dutra da Silva, 32, usou o celular da vítima durante dois meses após a morte para se passar por ela

Gabriela Rabelo Cunha, 44 anos, foi assassinada em outubro do ano passado(foto: Facebook/Reprodução)

Agentes da Divisão de Sequestros da Polícia Civil (DRA) prenderam mais dois acusados de participar do assassinato da diretora do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Gabriela Rabelo Cunha, 44 anos. O crime aconteceu em outubro do ano passado e o primeiro suspeito a ser preso foi o motorista particular dela, Rafael Henrique Dutra da Silva, 32, detido em janeiro deste ano acusado de ocultação de cadáver e latrocínio.  

De acordo com a Polícia Civil, os outros dois acusados de participar do crime foram presos na última semana. As investigações constataram que Rafael a matou para movimentar a conta bancária da servidora e apropriar-se dos bens dela. No dia do assassinato, ele seguiu com a médica à uma agência bancária de Sobradinho. No caminho de volta à Taguatinga, ele parou o veículo, alegando que escutou um barulho na roda. Nesse momento, um outro suspeito entrou no automóvel, simulando o assalto.  

Diretora do Hospital de Sobradinho é exonerada após morte de paciente


A decisão foi divulgada no Diário Oficial do Distrito Federal desta quarta-feira (15/5). Mais três nomes aparecem no documento, no entanto, a Secretaria de Saúde diz não saber o motivo dos demais afastamentos

A decisão foi anunciada pelo governador Ibaneis Rocha, na terça-feira (14/5), após a repercussão da morte de uma jovem que não conseguiu atendimento na unidade de saúde(foto: Crédito: Reprodução/Internet)

A diretora do Hospital Regional de Sobradinho, Cláudia Gomes dos Reis, foi exonerada do cargo. A confirmação está no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (15/5). A decisão de demitir os responsáveis pela unidade de saúde foi anunciada pelo governador Ibaneis Rocha, na terça-feira (14/5), após a repercussão da morte de uma jovem que não conseguiu atendimento no hospital. 

O chefe do executivo local chegou a dizer que se a direção do hospital não fosse exonerada, ele demitiria o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. Até o momento, segundo a Secretaria de Saúde, apenas Cláudia Gomes dos Reis foi exonerada. Outros três nomes aparecem no DODF, no entanto, a assessoria de imprensa não soube dizer qual a motivação do desligamento desses outros servidores. 

A exoneração da diretora do hospital é uma consequência da morte de Beatriz Viana da Silva, 19 anos. Ela esteve na unidade de saúde no último sábado (11/5), com fortes dores abdominais, e não conseguiu atendimento. A jovem estava acompanhada do marido e a única informação que receberam foi a de que não havia médico no local.