Guedes
ainda criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em ampliar os
benefícios fiscais para a Zona Franca de Manaus (ZFM
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Guedes recebeu Maia junto com o relator da reforma da Previdência na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP)(foto: EVARISTO SA/CB/D.A Press) |
O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou,
durante entrevista à jornalistas na noite desta segunda-feira (29/4), que o secretário
da Receita Federal, Marcos Cintra, tenha feito uma proposta de aumento de
impostos. “Nós temos dito que nós vamos reduzir e simplificar impostos”,
destacou. “Ele foi mal interpretado”, completou.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o secretário
disse que tinha a intenção de implantar um novo imposto, que incidiria sobre as
transações financeiras e afetaria, inclusive, igrejas e até o contrabando. “O
novo imposto será permanente e não incidirá somente sobre operações de débito
feitas pelo sistema bancário. Será muito mais amplo. Abarcará qualquer
transação envolvendo pagamentos, até escambo”, disse.
A medida seria implementada com durante a
reforma tributária. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que
estava reunido com Guedes, disse que a Casa Legislativa “tem muita dificuldade
de tratar de aumento de impostos”. “O secretário fez uma entrevista em tese.
Não vamos transformar isso em um fato consumado que não é verdadeiro, até
porque ele não apresentou proposta concreta à Câmara dos Deputados”,
afirmou.
Guedes recebeu Maia junto com o relator da
reforma da Previdência na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP)
e o presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PR-AM). Os quatro
foram ao Palácio do Planalto conversar com o presidente Jair Bolsonaro. “O
presidente da república e o presidente da Câmara estão construindo um clima
bastante favorável para nós atacarmos o principal problema hoje fiscal, que é
exatamente o desequilíbrio orçamentário que ameaça o sistema previdenciário
brasileiro”, afirmou o ministro da Economia. “É muito construtivo a aproximação
dos dois presidentes, que são Poderes independentes. Agora, trabalhando
harmonicamente para resolver o problema”, acrescentou.