Ao
tratar sobre o presidente da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ) diz que um namoro
muito rápido 'nunca termina bem'
(foto: Ed Alves/CB/D.A Press) |
Ao tratar sobre o presidente da República, Jair
Bolsonaro, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse,
durante entrevista a jornalista na noite desta segunda-feira (29/4), que um
namoro muito rápido "nunca termina bem". Ele respondeu à declaração
que o chefe do Executivo deu no último sábado (27/40), de que estaria namorando
com Maia, numa forma de diminuir a sinalização de atritos.
"Calma", disse. "Um namoro muito
rápido nunca termina bem. Um namoro que leva mais tempo acaba levando num
casamento sólido", brincou. O presidente da Câmara é uma peça fundamental
para a aprovação da reforma da Previdência, enviada neste ano pelo governo
federal ao Congresso Nacional. O texto passou pela Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), mas ainda precisa passar pela comissão especial e pelo plenário
da Casa.
A comissão especial foi instaurada na última
semana. Os deputados Marcelo Ramos (PR-AM) e Samuel Moreira (PSDB-SP) foram
escolhidos para serem presidente da comissão e relator da reforma,
respectivamente. Rodrigo Maia se reuniu com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, para apresentá-los. "Eu trouxe aqui hoje o presidente da comissão
especial e o relator para apresentá-los formalmente ao ministro Paulo Guedes
para nós discutirmos a forma como a matéria vai tramitar na casa. E combinei
agora com o presidente Bolsonaro que nós vamos todos ao Planalto (na noite
desta segunda) para que a gente possa fazer esse debate junto com ele para que
a Câmara e o governo trabalharão de forma conjunta, harmonica e respeitando a
independência do governo. De forma majoritária, a câmara entende que essa é uma
matéria fundamental, tem bom debate, um bom relatório, porque ela que trava o
crescimento do brasil e a redução da pobreza", destacou.
Segundo Maia, ele irá trabalhar para conseguir
votar a matéria no primeiro semestre. "É o meu trabalho. Se a gente
conseguir ou não, não depende só da nossa vontade", ressaltou. Sobre o
esvaziamento do Congresso, em função do feriado de quarta-feira, que é Dia do
Trabalho, Maia disse que está "todo mundo trabalhando". "Na
comissão especial, o presidente e o relator ainda nem tem o cronograma de
trabalho. Não ia adiantar nada começar a comissão, mas nós marcamos um grande
gol na semana passada, votando na CCJ e criando a comissão, tendo o relator e o
presidente. Nós conseguimos ultrapassar dois grandes obstáculos na semana
passada. Agora, nesta semana, o papel dos dois vai ser organizar a tramitação e
audiências", disse.
O presidente da Câmara disse ainda que, se o
governo conseguir colocar quórum toda segunda e sexta, em duas semanas e um dia
já é possível resolver o tema em onze sessões.
Fonte: Correio Braziliense