terça-feira, 30 de abril de 2019

Maia sobre relação com Bolsonaro: 'Namoro muito rápido nunca termina bem'


Ao tratar sobre o presidente da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ) diz que um namoro muito rápido 'nunca termina bem'

(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Ao tratar sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, durante entrevista a jornalista na noite desta segunda-feira (29/4), que um namoro muito rápido "nunca termina bem". Ele respondeu à declaração que o chefe do Executivo deu no último sábado (27/40), de que estaria namorando com Maia, numa forma de diminuir a sinalização de atritos. 

"Calma", disse. "Um namoro muito rápido nunca termina bem. Um namoro que leva mais tempo acaba levando num casamento sólido", brincou. O presidente da Câmara é uma peça fundamental para a aprovação da reforma da Previdência, enviada neste ano pelo governo federal ao Congresso Nacional. O texto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas ainda precisa passar pela comissão especial e pelo plenário da Casa.


A comissão especial foi instaurada na última semana. Os deputados Marcelo Ramos (PR-AM) e Samuel Moreira (PSDB-SP) foram escolhidos para serem presidente da comissão e relator da reforma, respectivamente. Rodrigo Maia se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para apresentá-los. "Eu trouxe aqui hoje o presidente da comissão especial e o relator para apresentá-los formalmente ao ministro Paulo Guedes para nós discutirmos a forma como a matéria vai tramitar na casa. E combinei agora com o presidente Bolsonaro que nós vamos todos ao Planalto (na noite desta segunda) para que a gente possa fazer esse debate junto com ele para que a Câmara e o governo trabalharão de forma conjunta, harmonica e respeitando a independência do governo. De forma majoritária, a câmara entende que essa é uma matéria fundamental, tem bom debate, um bom relatório, porque ela que trava o crescimento do brasil e a redução da pobreza", destacou. 

Segundo Maia, ele irá trabalhar para conseguir votar a matéria no primeiro semestre. "É o meu trabalho. Se a gente conseguir ou não, não depende só da nossa vontade", ressaltou. Sobre o esvaziamento do Congresso, em função do feriado de quarta-feira, que é Dia do Trabalho, Maia disse que está "todo mundo trabalhando". "Na comissão especial, o presidente e o relator ainda nem tem o cronograma de trabalho. Não ia adiantar nada começar a comissão, mas nós marcamos um grande gol na semana passada, votando na CCJ e criando a comissão, tendo o relator e o presidente. Nós conseguimos ultrapassar dois grandes obstáculos na semana passada. Agora, nesta semana, o papel dos dois vai ser organizar a tramitação e audiências", disse. 

O presidente da Câmara disse ainda que, se o governo conseguir colocar quórum toda segunda e sexta, em duas semanas e um dia já é possível resolver o tema em onze sessões.