sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Administrador de Santa Maria é alvo de busca por venda de lotes do GDF


Por Carlos Carone

Durante operação da Polícia Civil nesta sexta (21/12), também foram presas quatro pessoas. Entre elas, servidores e ex-servidores do governo

O administrador regional de Santa Maria, Hugo Gutemberg, 34 anos, foi um dos alvos da Operação Alto Comando, deflagrada nesta sexta-feira (21/12) pela Polícia Civil do DF em conjunto com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). A corporação investiga irregularidades na venda de lotes de programas habitacionais do GDF e do Pró/DF, com envolvimento de servidores públicos. Contra ele, foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

Quatro pessoas foram presas: Rogério Figueiredo da Silva, funcionário da administração, dois corretores de imóveis e Adelson Rocha (veja vídeo abaixo), que, de acordo com a PCDF, apesar de não ser servidor público, “exercia o poder de fato na administração regional”. As diligências apontaram que ele indicava servidores para serem nomeados e dava ordens ao administrador.

Dois ex-servidores da Companhia Habitacional do Distrito Federal (Codhab) – Oséias Ribeiro de Souza e Rutielle Matos de Paula – também foram alvo de buscas. O nome da operação é em referência ao fato de os investigados se autointitularem integrantes do Alto Comando da região de Santa Maria.


De acordo com as investigações, em conluio com associações e cooperativas cadastradas nos programas habitacionais, o grupo ignorava a lista de beneficiados da Codhab e vendia os lotes públicos para outras pessoas por até R$ 70 mil. Estima-se que cerca de 200 terrenos tenham sido entregues nesta condição.

O esquema envolvia ainda áreas destinadas ao Pró-DF, para as empresas se instalarem com incentivos e isenção de impostos. Nesse caso, os lotes eram repassados a terceiros por até R$ 3 milhões, informou a PCDF.

As diligências da Divisão de Repressão à Corrupção e aos Crimes contra a Administração Pública (Dicap) da PCDF indicam a existência do grupo criminoso na QR 119 de Santa Maria. Há indícios da ocorrência de crimes como estelionato majorado, associação criminosa, corrupção passiva e ativa.

O outro lado

A administração regional foi procurada, mas até a publicação desta reportagem não se manifestou. O Metrópolesacionou também o GDF a fim de saber como vai ficar a situação de Hugo Gutemberg e do funcionário da administração regional e aguarda resposta. Os advogados dos demais citados não foram localizados.

Fonte: Metrópoles

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

'Será um superministério', diz Bolsonaro sobre pasta que ofereceu a Moro

Presidente eleito disse que juiz Moro terá liberdade e indicará todo o primeiro escalão do Ministério da Justiça, incluindo o chefe da Polícia Federal

(foto: Mauro Pimentel/AFP)
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) chamou de "superministério" a pasta que o juiz federal Sérgio Moro aceitou assumir em seu governo, após reunião entre os dois no Rio de Janeiro. Ao dar entrevista às redes de tevê católicas, à qual o Correio acompanhou, Bolsonaro disse ainda que Moro terá "liberdade" para realizar o trabalho de combate à corrupção e ao crime organizado.

"Ele vai indicar todos que virão a compor o primeiro escalão do Ministério da Justiça, entre eles o chefe da Polícia Federal, porque a PF voltaria para dentro do Ministério da Justiça. Deixaria de existir a palavra Ministério da Segurança, e passaria a ser Ministério da Justiça e Segurança", disse Bolsonaro (veja vídeo abaixo).

O futuro presidente do Brasil confirma, assim, a ideia de que o Ministério da Justiça pasará a abrigar outros órgãos, incluindo a Controladoria-Geral da União (CGU)  e a Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção e o Conselho de

Ibaneis prepara “decretão” para demitir comissionados de Rollemberg


Confirmado por interlocutores do próximo governador, ato será publicado em 1º de janeiro e atingirá mais de 16 mil funcionários gratificados

 

Um dos mais tradicionais atos de quem assume o GDF, o decreto que determina a exoneração de todos os cargos comissionados ligados à gestão anterior deve se repetir na virada do próximo ano. A previsão é confirmada por interlocutores do governador recém-eleito, Ibaneis Rocha(MDB), que alegam a necessidade de demissão de funcionários sem vínculo com a administração pública nomeados por Rodrigo Rollemberg (PSB). Eles cederão lugar para aliados do emedebista.

Também chamado de “decretão”, o documento assinado pelo futuro número 1 do Palácio do Buriti faz parte da lista de assuntos a serem levados ao governo de transição, que terá a primeira reunião realizada nesta quinta-feira (1º/11) entre Sérgio Sampaio, atual chefe da Casa Civil, e Paco Britto, vice-governador eleito e coordenador dos trabalhos na passagem dos cargos.

A publicação no Diário Oficial do dia 1º de janeiro de 2019 pode implicar na demissão de 16.568 comissionados do Executivo local. Os números constam no Portal da Transparência. Até a última consulta à plataforma, na

Delegado Robson Cândido será o diretor da Polícia Civil do DF



O delegado Robson Cândido será o futuro diretor da Polícia Civil do Distrito Federal. Após a votação da lista tríplice na noite dessa quarta-feira (31/10), o policial teve o nome escolhido pelo governador eleito Ibaneis Rocha (MDB). Ele foi o mais votado na consulta feita com os delegados.
Sempre atuou nas delegacias circunscricionais. Tem 28 anos de atividade policial, sendo oito deles em Goiás. Foi delegado plantonista em 10 cidades do DF, cartorário e adjunto. Atualmente, chefia a 11ª DP, no Núcleo Bandeirante.
Integrante da diretoria do Sindicato dos Delegados da PCDF (Sindepo), fez forte oposição à reeleição de Rodrigo Rollemberg (PSB). Robson

DF: grupo criminoso criou 10 empresas de fachada para sonegar impostos


Dos R$ 500 milhões sonegados em dois anos, R$ 300 milhões seriam referentes a uma empresa fantasma localizada na Estrutural, segundo a PCDF


Uma organização criminosa, formada por 10 empresas e acusada de sonegar pelo menos R$ 500 milhões em impostos em um período de dois anos, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta quinta-feira (1º/11). Três mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão foram cumpridos em Brasília e em Unaí (MG).
Os investigadores revelaram o nome de apenas uma empresa, que estaria no centro do esquema: M. Célia, de grãos, sediada na Cidade Estrutural. Os policiais descobriram que a dona não tinha nenhum patrimônio.
Cada um dentro da organização tinha uma função definida, como a figura do contador, do aliciador de laranjas, dos “testas de ferro” – uma espécie de laranja – e do produtor rural. Somente a M.Célia teria deixado de recolher R$ 300 milhões de tributos aos cofres públicos. As companhias, ainda de acordo com a Polícia Civil, eram criadas com o objetivo de sonegar impostos.
Os policiais chegaram aos suspeitos por meio de uma denúncia. Ao todo, 50 policiais saíram às ruas nesta quinta. A fraude funcionaria da seguinte