Promotoria tomou por base
exame criminológico realizado no mês passado. Laudo diz que detenta é 'imatura,
egocêntrica e tem vontade de burlar a lei’.
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Suzane Richthofen foi presa em 8 de novembro de 2002 (Foto: Reprodução/TV Globo) |
O Ministério Público de Taubaté (SP) foi contrário ao pedido de
progressão de regime feito pela defesa de Suzane von Richthofen, presa na
Penitenciária Feminina 1, de Tremembé, por envolvimento na morte dos pais em
2002. O parecer foi emitido nesta terça-feira (17) e teve como base um exame
criminológico realizado por psicólogos no mês passado a pedido do próprio MP e
da Vara de Execuções Criminais (VEC). A Promotoria encaminhou o parecer e o
laudo à Justiça, que deve decidir no início do ano que vem se defere ou não o
pedido da defesa de Suzane, feito em setembro.
O promotor Luiz Marcelo Negrini
destaca em seu parecer que o exame foi conclusivo em apontar que Suzane ‘é
emocionalmente instável, possui tendência em agir de forma impulsiva e sem
medir as consequências de seus atos’, além de ‘apresentar características
psicóticas, vontade de burlar e desafiar a lei, imaturidade, egocentrismo e
narcisimo’. Com a progressão do regime para semiaberto, Suzane poderia, entre
outros benefícios, trabalhar durante o dia fora da unidade prisional e voltar à
noite para dormir na cadeia.
Segundo Negrini, que solicitou
o laudo e acompanha o processo, Suzane foi submetida ao teste de Rorschach. De
acordo com o promotor, esse exame é mais elaborado e é realizado, quando existe
uma solicitação da Justiça, em detentos com maior nível intelectual ou de alta
periculosidade. "Os psicólogos que participam deste processo de