A recusa do governo
brasileiro em assinar resolução de comitê da Assembleia-Geral das Nações Unidas
que condena, dentre outros atos de selvageria, os apedrejamentos e as
amputações – inclusive de adolescentes – na República Islâmica do Irã (antiga
Pérsia), causa um misto de vergonha e de indignação.
Com
isso renova-se a decisão de nossos representantes de não intervir na “cultura”
de outros povos, o que não é um pretexto de todo inconsistente. Afinal, que
autoridade teríamos para criticar a morte de adúlteros e de homossexuais no Irã
se consideramos o assassinato de brasileiros recém-nascidos uma manifestação de
nossa decantada diversidade cultural?
Sintomático
que, recentemente, um programa da TV CULTURA tenha registrado, na região
amazônica, uma grávida torcer a cabeça do bebê ainda no seu ventre. Seriam as
crianças indígenas menos humanas que seus compatriotas? Em algumas