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foto: reprodução internet |
A falta de adesão chamou a atenção da imprensa, de analistas políticos e até de parlamentares da base governista. O contraste foi evidente: em 2022, por exemplo, manifestações ligadas ao processo eleitoral levaram multidões às ruas; já em 2025, três anos após aquela disputa presidencial, praticamente não se viu mobilização popular em defesa da atual gestão.
A
indiferença da população levanta questionamentos sobre a legitimidade do apoio
ao governo eleito em 2022. “Se parte expressiva da sociedade tivesse realmente
se mobilizado nas urnas e continuasse engajada, o mínimo esperado seria uma
presença significativa em um evento nacional como o 7 de Setembro. O
esvaziamento é simbólico e político”, avalia um cientista político ouvido pela
reportagem.
Críticos
do governo argumentam que a ausência de público demonstra que o discurso
eleitoral de 2022 não se traduziu em adesão popular duradoura. Para eles, o
resultado das últimas eleições ainda suscita dúvidas sobre a real dimensão da
base de apoio que sustentou a vitória nas urnas.
A
cerimônia seguiu o protocolo oficial, com execução do Hino Nacional,
hasteamento da bandeira e desfile das Forças Armadas. No entanto, a imagem que
prevaleceu foi a de arquibancadas desertas: sem aplausos, sem gritos de apoio e
sem o tradicional verde-amarelo das ruas.
O
episódio reforça a percepção de que o governo atravessa uma crise de
representatividade. Se em outros tempos o 7 de Setembro servia de termômetro para
medir a força política de quem estava no poder, em 2025 a mensagem foi clara: o
povo não apareceu.
fonte: a redação