Ministério
da Saúde amplia a oferta, imediatamente, para reforçar a assistência nos casos
da Covid-19. Investimento será de R$ 656 milhões. Hoje, já começará a
distribuição de 540 unidades para os entes federados
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(foto: BRUNO ROCHA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTAD?O CONTE?DO) |
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a relação de um a três leitos de
unidade de terapia intensiva (UTI) para uma população de 10 mil habitantes.
Apesar da disponibilidade de o Sistema Único de Saúde atender o critério —
oferecendo 27,4 leitos, com uma média de um para 10 mil —, a taxa de ocupação,
de acordo com o Ministério da Saúde (MS), é de aproximadamente 78%, ou seja, há
poucos leitos livres. Para reforçar a assistência, a pasta anunciou, ontem, a
instalação rápida de dois mil leitos de UTI nos estados. A previsão de
investimento na medida é de R$ 396 milhões para contratação dos leitos e R$ 260
milhões para manutenção e custeio deles por seis meses.
O ministério vai liberar os leitos de acordo com solicitações dos estados e avaliação dos cenários epidemiológicos dos casos. No entanto, o secretário executivo da pasta, João Gabbardo, afirmou que o órgão já começará a distribuir 540 leitos para os estados hoje. “A distribuição deles vai obedecer critérios que estão sendo discutidos pelos próprios secretários de Saúde. São 540 leitos, e eles decidirão quanto cada um vai receber em lotes de 10”, disse.
O secretário de Atenção à Saúde (SAS) do MS, Francisco Figueiredo, explicou como funcionará a contratação e a distribuição dos dois mil leitos. “A pasta faz a contratação de kits de equipamentos necessários para a montagem de um leito de UTI, como ventilador pulmonar, distribui para os estados, que disponibilizam espaços físicos provisórios e equipes de atendimento”, esclareceu. O MS manterá os leitos por seis meses nos estados, podendo ser prorrogado por seis meses.