Ministério da Saúde também vai disponibilizar 2 mil
leitos de UTIs volantes, de instalação rápida. Os primeiros leitos estão
previstos para serem encaminhados a partir desta terça-feira (17)
Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$
432 milhões aos estados para o reforço do plano de contingência encaminhado
pelas unidades da federação para o enfrentamento do Covid-19. O recurso será
encaminhado ao longo da semana e poderá ser utilizado em ações de assistência,
inclusive, para abertura de novos leitos ou custeio de leitos existentes nos
estados e municípios. São R$ 2 por habitante. A distribuição do recurso é
proporcional ao número de habitantes de cada estado. Outros recursos podem ser
disponibilizados conforme a necessidade do enfrentamento.
Além disso, a pasta inicia nesta terça-feira
(17/03) a distribuição de 540 leitos de UTI para os 26 estados e o Distrito
Federal, atendendo solicitação dos secretários estaduais de Saúde. Esses leitos
são do pacote de contratação de 2 mil leitos de UTI, na preparação para
assistência aos pacientes, que apresentem gravidade nos casos do Covid-19.
“Esse reforço na rede hospitalar do SUS prevê
R$ 396 milhões para locação das UTIs, e se todos os leitos forem utilizados
serão R$ 260 milhões repassados para manutenção do serviço por um período de
seis meses. A medida é emergencial”, pontuou o secretário nacional de Atenção
Especializada, Francisco Figueiredo.
As UTIs volantes são de instalação rápida, sem
a necessidade de maiores reformas estruturantes. Bastam apenas ajustes como a
adequação elétrica e tubulação de gases. Cada kit de 10 leitos possui oito
equipamentos, entre ventilador pulmonar microprocessado até
desfibrilador/cadioversor com tecnologia bifásica. O prazo para montagem é de
sete a 10 dias.
HABILITAÇÃO DE LEITOS DE UTI
O país tem uma oferta de 55.101 leitos de
terapia intensiva. Desse total, 27.445 são do SUS com taxa de ocupação média de
78%. A pasta já planeja ações para melhoria da utilização das unidades ociosas
com medidas de gestão como: giro de leito, otimização de recursos e de ocupação
(adequando a escala de procedimentos que não sejam de emergência). Atualmente,
o tempo médio de permanência em leito intensivo na rede pública é de 8 dias. O
Ministério da Saúde também deve regular leitos não ocupados, da rede privada.
Nas ações contra o Covid-19, o Ministério da
Saúde, que zerou a fila de pedidos de custeio de leitos de UTI no país em 2019,
informou aos estados que, qualquer leito novo criado receberá recursos do
governo federal. Neste mês já foram habilitados 210 novos leitos de UTI. Ou
seja, 1.735 novos leitos de UTI habilitados entre 2019 e 2020.
O custeio para manutenção desses leitos é de
R$ 244 milhões. Gestores estaduais e municipais estão sendo incentivados a
informar os leitos que estão prontos para serem habilitados e, assim aumentar
ainda mais a oferta no SUS. Basta o gestor local solicitar a habilitação
da unidade em funcionamento, que receberá recursos para manutenção dos
serviços.
ATENDIMENTO NA REDE HOSPITALAR
A grande maioria dos casos de Covid-19 são mais leves, segundo o que
aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS) e podem ser atendidos nos postos de
saúde. Os hospitais devem ser procurados somente em casos de sintomas graves.
Se tiver alguma dúvida sobre a sintomatologia, ligar antes para o número 136.
Nos hospitais, de acordo com a situação clínica de cada paciente, poderá
ser indicada internação na UTI ou leitos de enfermaria (retaguarda). Na Unidade
de Pronto Atendimento (UPA) 24h, o paciente deve buscar atendimento somente em
caso de sintoma grave; será atendido e se houver indicação de internação será
encaminhado para um hospital
de referência.
Atualmente no Brasil são 64 hospitais de
referência indicados pelos estados. Esses locais foram escolhidos pelos
gestores locais por terem ampla capacidade de atendimento com profissionais
especializados para situações de risco à saúde pública.
“Estamos numa fase de verificação de outros
304 hospitais de referência para a fase de mitigação do Covid-19, que seriam
somados aos 64 hospitais já existentes. Isso representaria 12.317 leitos
clínicos e 1.389 leitos de UTI que já poderiam ser utilizados nessa situação”,
explicou o secretário nacional de Atenção Especializada, Francisco Figueiredo.
Os eventuais pacientes com casos graves do
coronavírus devem ser encaminhados aos hospitais de referência definidos pelos
estados para isolamento e tratamento. Os casos suspeitos leves podem não
necessitar de hospitalização e ser acompanhados pela Atenção Primária e
instituídas medidas de precaução domiciliar. Porém, é necessário avaliar cada
caso.
ATUALIZAÇÃO DOS DADOS
Subiu para 234 o número de casos confirmados
de coronavírus no Brasil, de acordo com as informações repassadas pelos estados
ao Ministério da Saúde até 15h50 desta segunda-feira (16). As capitais Rio de
Janeiro e São Paulo já registram caso de transmissão comunitária, quando não é
identificada a origem da contaminação. Com isso, o país entra em uma nova fase
da estratégia brasileira, a de criar condições para diminuir os danos que o
vírus pode causar à população por meio da prevenção.
Atualmente, são monitorados 2.064 casos suspeitos e outros 1.624 já foram
descartados. Para manter a população informada a respeito do novo coronavírus,
o Ministério da Saúde atualiza diariamente, os dados na Plataforma IVIS,
com números de casos descartados e suspeitos, além das definições desses casos
e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação epidemiológica.
Por Bruno Cassiano, da Agência Saúde
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Fonte: Site Saúde.gov.br