Corporação alega que a detenção dos investigados é
fundamental para a continuidade das diligências
PGR foi contra o encarceramento |
Na ação
deflagrada na manhã desta quinta-feira (5/11), para investigar o repasse de R$
40 milhões para políticos do MDB, a Polícia Federal, chegou a solicitar
a prisão da ex-presidente Dilma Rousseff, do ex-ministro Guido
Mantega, do ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira e do ex-senador Valdir
Raupp. Nenhum deles tem foro privilegiado, por não ocuparem mais cargo
público.
Além
deles, a PF solicitou a prisão preventiva do ministro Vital do Rêgo,
do Tribunal de Contas da União (TCU). No entanto, todas as solicitações de
encarceramento foram negadas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo
Tribunal Federal (STF), responsável por autorizar o cumprimento dos
mandados.
Para
fazer a solicitação, os investigadores alegaram que a medida seria necessária
para impedir interferências e garantir a continuidade das diligências. "É
imprescindível a decretação da prisão temporária dos investigados de maior
relevância nos crimes praticados pela associação criminosa, bem como daqueles
que atuaram na entrega e no recebimento em espécie das quantias ilícitas."
Ao ser
consultada, a Procuradoria Geral da República (PGR), também foi contra a
restrição de liberdade dos investigados, alegando que não existem elementos
suficientes para justificar esta medida.
Além dos
já citados, estão entre os alvos da operação, os senadores Renan Calheiros
(MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM) e Jader Barbalho. Os três negam envolvimento
nos crimes apontados pela PF. A defesa de Vital do Rego afirmou que ele "é
o maior interessado em esclarecer os fatos" e que "vai colaborar com
a Justiça".
Fonte:
Correio Braziliense