Cerimônia contou com a
presença do ministro da Defesa, Jaques Wagner.
Foi lançada na Câmara a Frente Parlamentar Mista da
Defesa Nacional com a presença do ministro da Defesa, Jaques Wagner. Segundo o
coordenador da frente, deputado Carlos Zarattini, do PT de São Paulo, o
objetivo é conseguir apoio parlamentar para o desenvolvimento da Estratégia
Nacional de Defesa, criada em 2008. O texto reafirma a necessidade de
modernizar as Forças Armadas e afirma que a defesa é inseparável do
desenvolvimento.
Entre outros pontos, a estratégia determina
prioridade à região amazônica, aumenta a presença das Forças Armadas nas
fronteiras e prepara estas forças para desempenhar operações de paz. Segundo
Zaratini, os projetos
precisam do apoio de uma frente, pois dependem de
recursos financeiros num ano em que o Brasil faz o ajuste fiscal.
"Os principais projetos que nós temos são os
projetos relativos à defesa do espaço aéreo, que é o projeto KC-390, que é um
avião cargueiro que a Embraer vem desenvolvendo e a construção dos caças em que
fizemos parceria com a Suécia. Na área naval, o principal projeto é o submarino
de propulsão nuclear, que já está em processo de construção. E, relativamente
ao Exército, é a ocupação da fronteira na região da Amazônia, por meio de um
projeto de defesa chamado Sisfron, Sistema de Defesa de Fronteiras. Esses são
basicamente os principais projetos."
Estiveram presentes representantes da Associação
Brasileira das Indústrias de Material de Defesa. Eles apresentaram pesquisa que
aponta que, em 2014, o setor de segurança no Brasil correspondeu a 3,7% do
Produto Interno Bruto nacional. A cada 10 milhões de reais investidos, os
efeitos na economia seriam de mais de 18 milhões de reais. O ministro da
Defesa, Jaques Wagner, comentou a importância da frente.
"Eu espero que essa interação, principalmente
neste momento que é hora de renovar, fazer a revisão dos documentos
fundamentais da defesa, as estratégias, a política, e o Livro Branco, que a
gente realmente possa ter a participação daqueles que representam a sociedade
brasileira."
O Livro Branco, citado pelo ministro, é um
documento público que expõe a visão do governo sobre o tema da defesa, a ser
apresentado à comunidade nacional e internacional. Segundo o ministro, para a
pasta, uma das prioridades na Câmara é a aprovação de uma emenda à MP 674 que
garante recursos para o setor. A frente parlamentar tem 210 deputados e seis
senadores.
Reportagem — Luiz Cláudio Canuto
Fonte:
RADIOAGÊNCIA