quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ministério Público propõe salário de R$ 30 mil para procurador-geral

Proposta foi enviada pela PGR nesta quinta (29) à Câmara dos Deputados. Joaquim Barbosa enviou proposta com mesmo valor para ministros do STF.


No mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal enviou à Câmara dos Deputados projeto de lei solicitando a elevação do salário dos ministros da corte para R$ 30.658,42, o Ministério Público também protocolou proposta no Legislativo reivindicando reajuste no subsídio do procurador-geral da República a partir de janeiro de 2014. A instituição propõe no texto apresentado à Câmara o mesmo aumento sugerido para os ministros da Suprema Corte.
Atualmente, o vencimento do procurador-geral é de R$ 28.059,28, o mesmo pago aos magistrados do STF. Proposta aprovada no final do ano passado prevê reajuste de 5% para o teto do funcionalismo público, o que fará com que o salário dos 11 ministros da mais alta corte do país se eleve para R$ 29.462,25 em 2014. A Procuradoria-Geral da República propõe um aumento adicional a este valor, de 4,06%, para alcançar R$ 30.658,42.
Pela Constituição, os salários do STF são os mais altos do Poder Público e representam o máximo que um servidor pode receber mensalmente. A remuneração, no
entanto, serve de parâmetro para os demais cargos na hierarquia dos órgãos do Judiciário, Executivo e Legislativo.

 “A proposição que se apresenta busca a recomposição do subsídio dos membros do Ministério Público da União, de modo a compensar perdas sofridas em face do processo inflacionário no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2013”, destacou a procuradora-geral da República em exercício, Helenita Caiado de Acioli.
O reajuste leva em conta a diferença entre a estimativa da inflação entre 2012 e 2013 e o resultado efetivo dos aumentos de preços no período. De acordo com o projeto, o impacto do aumento será de R$ 51,5 milhões no orçamento do Ministério Público da União.
O aumento do teto do funcionalismo público gera um efeito cascata nos salários de juízes. Em 2012, o então presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, enviou projeto de lei ao Congresso propondo aumento de 7,12% em 2013. A proposta foi derrubada e os parlamentares aprovaram reajuste de 5%.

Fonte: G1