Perda de direitos políticos e multa fazem parte da pena ao senador de RO. Cassol afirma ser inocente e que vai recorrer da decisão.(Foto: Reprodução da Internet) |
O
senador Ivo Cassol (PP) de Rondônia foi condenado pela Justiça Federal por
improbidade administrativa e teve os direitos políticos suspensos por cinco
anos. A condenação foi solicitada pelo Ministério Público Federal em Rondônia.
Cassol também foi condenador a pagar multa no valor de R$ 300 mil. O MPF acusa
o senador de ter utilizado ilegalmente a estrutura da segurança pública para
tentar alterar as provas do esquema de compra de votos descoberto em 2006.
Cassol foi governador de Rondônia de 2003 a 2010.
Segundo as investigações, depois de descoberto o esquema, as testemunhas do caso teriam sofrido constrangimentos diversos e ameaças, cinco delas foram
Os delegados da Polícia Civil Renato Eduardo de Souza e Hélio Teixeira Lopes Filho, os agentes Gliwelkinson Pedrisch de Castro e Nilton Vieira Cavalcante, além do advogado Agenor Vitorino de Carvalho foram condenados por estarem envolvidos no caso.
Os delegados tiveram os direitos políticos suspensos por quatro anos e os demais por três anos. Também foi decretada a perda dos cargos dos policiais e o pagamento de multa a todos os agentes públicos.
De acordo com o MPF, o assédio ilegal contra as testemunhas do caso foi ordenado por Ivo Cassol, que à época era governador do estado, e foi realizada pelos policiais e outros envolvidos. Para encobrir as ações criminosas, o próprio Casso instaurou um inquérito policial, que é descrito pelo órgão como ilegal.
Em 2007, Cassol e os envolvidos foram processados criminalmente pela Procuradoria Geral da República pela prática de diversos crimes, momento no qual, o então procurador geral Antônio Fernando Souza diz que “a investigação estadual foi mesmo instaurada com o claro intuito de criar fatos novos relacionados aos delitos eleitorais, mediante a manipulação de provas e intimidação de testemunhas, a fim de beneficiar os candidatos envolvidos na compra de votos".
A assessoria de Ivo Cassol diz que o senador alega inocência e irá recorrer da decisão.
Os demais citados não foram localizados para comentar a decisão.
Fonte: G1