O avanço da
doença que apavora o mundo corre em paralelo à desinformação que se dissemina,
particularmente nas redes sociais. Especialistas ouvidos pelo Correio
esclarecem pontos sobre contágio, prevenção e outros temas
O novo coronavírus é a primeira pandemia da recente revolução
digital. Em um mundo cada vez mais conectado, informações não apuradas e
repassadas nas redes sociais confundem a população. Em se tratando de um vírus
até pouco tempo desconhecido pela humanidade, fake news ganham mais espaço que
a própria doença. Após consultar especialistas do ministério da Saúde e outras
autoridades de saúde, o Correio reúne um conjunto de perguntas frequentes sobre
a doença que chegou a 234 casos confirmados no país.
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Vendedoras de loja em São Paulo trabalham com o rosto protegido por máscara: comportamento preventivo é essencial no combate ao coronavírus(foto: Nelson Almeida/AFP) |
Brasileiros que voltam do exterior precisam fazer teste de coronavírus?
Em instrução recente, o Ministério da Saúde recomenda que
pessoas que vierem do exterior fiquem em isolamento domiciliar por sete dias, a
contar da data do embarque, mesmo sem apresentar quaisquer sintomas.
O governo pode
obrigar alguém a fazer o teste ou se isolar?
Pacientes com suspeita de coronavírus devem seguir as
recomendações médicas de isolamento e quarentena, bem como orientações de realização
de teste. Elas podem ser impostas compulsoriamente, com base na Lei 13.979 e na
Portaria 356/Min.da Saúde.
Posso fazer
testes sem sintomas?
Os testes estão disponíveis na rede pública e privada, mas a
recomendação do Ministério da Saúde é que os médicos só investiguem com exames
específicos os casos de pacientes com ao menos dois sintomas e histórico de
viagem ao exterior.
Qual o tratamento
para coronavírus?
Não existe tratamento específico para infecções causadas por
coronavírus humano. A maioria das pessoas irão se recuperar sozinhas. Porém,
algumas medidas podem ser adotadas para aliviar os sintomas, como: uso de
medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos); uso de umidificador
no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e
tosse; ingestão de bastante líquidos; e repouso. Internação e suporte
ventilatório para os pacientes com sintomas graves é o recomendável.