segunda-feira, 3 de junho de 2019

Vídeo: vigilante dá soco no rosto de idoso que aguardava atendimento



Pacientes flagraram o momento em que um dos profissionais se exalta e desfere um murro no homem de cabelos brancos. Empresa diz ter afastado os funcionários envolvidos na confusão


m idoso levou socos de um vigilante na emergência do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) nesse sábado (01/06/2019). As agressões foram registradas por outros pacientes, que também aguardavam atendimento na unidade pública de saúde.
Nas imagens (veja abaixo) é possível observar que, inicialmente, dois seguranças tentam conter e acalmar o homem. Irritado, o paciente se levanta e tenta chutar um deles, que revida as agressões desferindo um soco no rosto da vítima.
Duas mulheres que também estavam na ala de emergência do HRT tentam apartar a briga e conter os profissionais terceirizados. No entanto, a confusão prossegue quando um homem de boné vermelho aparece na ala, passa a discutir com os vigilantes e acaba sendo empurrado por um deles.
Procurada pela reportagem para comentar as agressões, a direção do Hospital Regional de Taguatinga disse estar apurando os fatos e garantiu já ter solicitado à empresa terceirizada “o afastamento dos envolvidos no caso”.
O caso foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga) como violação de domicílio, pois, segundo a ocorrência, o idoso teria tentado invadir o pronto-socorro da unidade pública. Em depoimento, um dos funcionários terceirizados do hospital disse ter sido agredido “com um soco na boca e outro na altura do estômago” pelo homem.
À polícia, o paciente, por sua vez, alegou que aguardava no HRT após ter sido atropelado e teria escutado chamarem seu nome para atendimento. No entanto, foi barrado na porta pelos seguranças que “repentinamente o imobilizaram e levaram ao posto policial do hospital”.

PT e PSL juntos na PEC para repasse de recursos a estados e municípios



Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o deputado Felipe Francischini (PSL-PR) pretende acelerar a votação da proposta de emenda constitucional (PEC) que estabelece o repasse direto de recursos federais aos estados e municípios. Hoje, a Caixa Econômica Federal fica com 11% dos valores a título de taxa de administração. A PEC que serviu de base para o texto foi apresentada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, quando era senadora. E relatada por Marta Suplicy, que foi prefeita de São Paulo e senadora pelo PT, antes de se filiar ao MDB.

Em tempo: Bolsonaro decidiu vetar a bagagem grátis nos voos domésticos, alegando se tratar de uma proposta do PT. Agora, seu partido, o PSL, dá velocidade a um projeto petista.

A matriz “Swot” de Bolsonaro I

O Governo Bolsonaro trabalhará a partir de agora dentro dos quatro pontos que fazem sucesso no mundo dos negócios: força, fraqueza, oportunidades e ameaças (em inglês, strenghts, weaknesses, opportunities and threats, daí a sigla Swot). A força são os votos que ele obteve em outubro passado (58 milhões) e sua comunicação direta muito eficiente. Por isso, o discurso que o elegeu, de mudar a relação política, não será abandonado.

A matriz “Swot” de Bolsonaro II

A fraqueza, a relação com a mídia tradicional, já está sendo trabalhada. As oportunidades são as reformas em pauta no Congresso e o uso do conhecimento técnico de parte dos ministros. As ameaças, dificuldades econômicas e manobras para apeá-lo do poder (sim, muita gente acha que elas existem) também fazem parte dos cuidados diários.

Só vai assim

Os deputados e senadores da Comissão Mista de Orçamento avisaram ao governo que o crédito suplementar de R$ 248 bilhões — que já foi reduzido a R$ 92 bilhões — só passa se todos os líderes fecharem um acordo. Ou seja, caberá ao governo pegar ou esperar a votação de todos os vetos.

Encontros recorrentes entre Bolsonaro e Toffoli levantam críticas

Os questionamentos são relacionados a independência da instância máxima do Judiciário
Chefe do Executivo tem interesse na pauta econômica e de costumes do Supremo: 'objetivo é que todos os poderes da República trabalhem em conjunto para resolver problemas', diz(foto: Marcos Corrêa/PR)


Na tentativa de evitar decisões conflitantes com os interesses do governo, integrantes do Executivo atuam para influir na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF). Somente nas últimas duas semanas, o presidente Jair Bolsonaro se encontrou três vezes com o ministro Dias Toffoli, que define a agenda do plenário da mais alta Corte do país. Em duas ocasiões, eles discutiram temas em comum, que unem Planalto e o Poder Judiciário. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também conversou, a portas fechadas, com três magistrados do Tribunal. A proximidade dos Poderes levanta críticas de parlamentares e de entidades de classe, que veem ameaças à independência do Supremo.
Após as reuniões com Toffoli, o presidente Bolsonaro afirmou que foi feito um “pacto” para que todos os poderes da República trabalhem em conjunto para resolver problemas que atravancam o crescimento do país. O chefe do Executivo afirmou que um dos temas que foram tratados foi a possibilidade de que decretos de lei sejam utilizados para revogar outros do mesmo tipo, de presidentes anteriores. Existe um debate sobre a constitucionalidade desse tipo de medida. Um exemplo é o desejo de Bolsonaro de extinguir, via decreto, conforme ele já anunciou, a Estação Ecológica dos Tamoios, entre Angra dos Reis e Paraty, no Rio de Janeiro, onde, em 2012, o agora presidente foi flagrado realizando pesca ilegal.
Atualmente, por conta da biodiversidade e da presença de animais marinhos e terrestres em extinção, a região, considerada sensível, é preservada, sendo vedado qualquer tipo de ato predatório. Em um evento da Marinha, Bolsonaro contou detalhes do diálogo com o ministro do Supremo. “Pela manhã, tomando um café com Dias Toffoli, palmeirense como eu, bem como o Davi Alcolumbre e o deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, eu disse para o Rodrigo Maia: Com a caneta, eu tenho muito mais poder do que você. Apesar de você, na verdade, fazer as leis. Eu tenho poder de fazer decretos. Logicamente, decretos com fundamento, e falei para ele o caso da Baía de Angra, já que estamos falando de mar aqui. Falei: nós podemos ser protagonistas e fazer com que a Baía de Angra seja uma nova Cancún”, declarou Bolsonaro.

Dom Walmor, presidente da CNBB, diz que igreja tem tolerância 0 aos abusos


Recém-eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o arcebispo de Belo Horizonte diz que comissão que trata da pedofilia na Igreja trabalha com rapidez. Também afirma que as reformas são necessárias - desde que os mais pobres não sofram


(foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)


A voz pausada, o discurso calmo e o direcionamento de qualquer palavra para falar de Deus mostram bem a conduta de dom Walmor Oliveira de Azevedo na sua função: a de um pastor que leva ovelhas em um caminho tortuoso e com o clima extremamente instável. A metáfora aponta para a responsabilidade que ele assumiu há algumas semanas, ao ser escolhido como novo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), organização antes conduzida por dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília. Dom Walmor tem a consciência da polarização que toma conta da Igreja Católica, do Brasil e do mundo. Mesmo assim, não perde o controle.

Não existe exemplo maior que as denúncias de abusos de menores contra o clero. Dom Walmor não titubeia: “Para nós, na Igreja, em sintonia profunda com o papa Francisco, é tolerância zero”. Também não se furta de falar de polarização ou questões polêmicas, como aborto e homossexualidade. Ele esteve em Brasília na semana passada e conversou com o presidente Jair Bolsonaro. E, claro, o assunto das reformas — principalmente a previdenciária — surgiu na conversa.

“A CNBB, como Igreja, não se coloca contra reformas. As reformas precisam existir: previdenciária, tributária, fiscal, no âmbito do governo, no próprio Judiciário”, definiu o baiano de 65 anos, doutor em Teologia Bíblica e mestre em Ciências Bíblicas, e que tem como lema episcopal uma mensagem forte: “Para cuidar os feridos no coração”. “Eu escolhi esse lema por compreender o meu ministério, como padre, que a humanidade tem muito sofrimento, muita dor, e todo o mundo procura sua cura. E a cura está em Cristo”. Confira os principais trechos da entrevista com o religioso.

Após receber liberdade provisória, mãe visita filhos espancados por tios


Durante o reencontro, a mulher disse que se recuperaria para poder cuidar novamente das crianças

No sábado (1°/6), a mulher foi ao abrigo e ao hospital onde as crianças estão internadas(foto: Vinicius Cardoso Vieira/Esp. CB/D.A Press)

Após ter liberdade concedida pela Justiça, a mãe das quatro crianças espancadas em Planaltina de Goiás visitou os filhos. Ela estava presa preventivamente por tráfico de drogas desde fevereiro. A decisão saiu na sexta-feira (31/5), quando a juíza de direito Lea Martins Sales Ciarlini converteu a prisão dela em domiciliar. No sábado (1°/6), ela foi ao abrigo e ao hospital onde as crianças estão internadas. Umas das filhas, de 7 anos, não resistiu às agressões e morreu na quarta-feira (29/5).  

Os filhos, de 1 e 9 anos, estão em um abrigo de Planaltina de Goiás. De acordo com o Conselho Tutelar, a mãe garantiu às crianças que iria se recuperar para tirá-las do lugar. Quando foi presa, a mulher e o marido estavam em situação de rua e foram encontrados com porções de crack e maconha, em Sobradinho.  

A outra filha, de 3 anos, está internada no Hospital da Criança de Brasília. A garota chegou à unidade de saúde com duas fraturas no braço. Ela precisou passar por cirurgia para corrigir o problema. Além disso, ela apresentou forte anemia e passou por transfusão de sangue.