segunda-feira, 3 de junho de 2019

Encontros recorrentes entre Bolsonaro e Toffoli levantam críticas

Os questionamentos são relacionados a independência da instância máxima do Judiciário
Chefe do Executivo tem interesse na pauta econômica e de costumes do Supremo: 'objetivo é que todos os poderes da República trabalhem em conjunto para resolver problemas', diz(foto: Marcos Corrêa/PR)


Na tentativa de evitar decisões conflitantes com os interesses do governo, integrantes do Executivo atuam para influir na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF). Somente nas últimas duas semanas, o presidente Jair Bolsonaro se encontrou três vezes com o ministro Dias Toffoli, que define a agenda do plenário da mais alta Corte do país. Em duas ocasiões, eles discutiram temas em comum, que unem Planalto e o Poder Judiciário. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também conversou, a portas fechadas, com três magistrados do Tribunal. A proximidade dos Poderes levanta críticas de parlamentares e de entidades de classe, que veem ameaças à independência do Supremo.
Após as reuniões com Toffoli, o presidente Bolsonaro afirmou que foi feito um “pacto” para que todos os poderes da República trabalhem em conjunto para resolver problemas que atravancam o crescimento do país. O chefe do Executivo afirmou que um dos temas que foram tratados foi a possibilidade de que decretos de lei sejam utilizados para revogar outros do mesmo tipo, de presidentes anteriores. Existe um debate sobre a constitucionalidade desse tipo de medida. Um exemplo é o desejo de Bolsonaro de extinguir, via decreto, conforme ele já anunciou, a Estação Ecológica dos Tamoios, entre Angra dos Reis e Paraty, no Rio de Janeiro, onde, em 2012, o agora presidente foi flagrado realizando pesca ilegal.
Atualmente, por conta da biodiversidade e da presença de animais marinhos e terrestres em extinção, a região, considerada sensível, é preservada, sendo vedado qualquer tipo de ato predatório. Em um evento da Marinha, Bolsonaro contou detalhes do diálogo com o ministro do Supremo. “Pela manhã, tomando um café com Dias Toffoli, palmeirense como eu, bem como o Davi Alcolumbre e o deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, eu disse para o Rodrigo Maia: Com a caneta, eu tenho muito mais poder do que você. Apesar de você, na verdade, fazer as leis. Eu tenho poder de fazer decretos. Logicamente, decretos com fundamento, e falei para ele o caso da Baía de Angra, já que estamos falando de mar aqui. Falei: nós podemos ser protagonistas e fazer com que a Baía de Angra seja uma nova Cancún”, declarou Bolsonaro.

Dom Walmor, presidente da CNBB, diz que igreja tem tolerância 0 aos abusos


Recém-eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o arcebispo de Belo Horizonte diz que comissão que trata da pedofilia na Igreja trabalha com rapidez. Também afirma que as reformas são necessárias - desde que os mais pobres não sofram


(foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)


A voz pausada, o discurso calmo e o direcionamento de qualquer palavra para falar de Deus mostram bem a conduta de dom Walmor Oliveira de Azevedo na sua função: a de um pastor que leva ovelhas em um caminho tortuoso e com o clima extremamente instável. A metáfora aponta para a responsabilidade que ele assumiu há algumas semanas, ao ser escolhido como novo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), organização antes conduzida por dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília. Dom Walmor tem a consciência da polarização que toma conta da Igreja Católica, do Brasil e do mundo. Mesmo assim, não perde o controle.

Não existe exemplo maior que as denúncias de abusos de menores contra o clero. Dom Walmor não titubeia: “Para nós, na Igreja, em sintonia profunda com o papa Francisco, é tolerância zero”. Também não se furta de falar de polarização ou questões polêmicas, como aborto e homossexualidade. Ele esteve em Brasília na semana passada e conversou com o presidente Jair Bolsonaro. E, claro, o assunto das reformas — principalmente a previdenciária — surgiu na conversa.

“A CNBB, como Igreja, não se coloca contra reformas. As reformas precisam existir: previdenciária, tributária, fiscal, no âmbito do governo, no próprio Judiciário”, definiu o baiano de 65 anos, doutor em Teologia Bíblica e mestre em Ciências Bíblicas, e que tem como lema episcopal uma mensagem forte: “Para cuidar os feridos no coração”. “Eu escolhi esse lema por compreender o meu ministério, como padre, que a humanidade tem muito sofrimento, muita dor, e todo o mundo procura sua cura. E a cura está em Cristo”. Confira os principais trechos da entrevista com o religioso.

Após receber liberdade provisória, mãe visita filhos espancados por tios


Durante o reencontro, a mulher disse que se recuperaria para poder cuidar novamente das crianças

No sábado (1°/6), a mulher foi ao abrigo e ao hospital onde as crianças estão internadas(foto: Vinicius Cardoso Vieira/Esp. CB/D.A Press)

Após ter liberdade concedida pela Justiça, a mãe das quatro crianças espancadas em Planaltina de Goiás visitou os filhos. Ela estava presa preventivamente por tráfico de drogas desde fevereiro. A decisão saiu na sexta-feira (31/5), quando a juíza de direito Lea Martins Sales Ciarlini converteu a prisão dela em domiciliar. No sábado (1°/6), ela foi ao abrigo e ao hospital onde as crianças estão internadas. Umas das filhas, de 7 anos, não resistiu às agressões e morreu na quarta-feira (29/5).  

Os filhos, de 1 e 9 anos, estão em um abrigo de Planaltina de Goiás. De acordo com o Conselho Tutelar, a mãe garantiu às crianças que iria se recuperar para tirá-las do lugar. Quando foi presa, a mulher e o marido estavam em situação de rua e foram encontrados com porções de crack e maconha, em Sobradinho.  

A outra filha, de 3 anos, está internada no Hospital da Criança de Brasília. A garota chegou à unidade de saúde com duas fraturas no braço. Ela precisou passar por cirurgia para corrigir o problema. Além disso, ela apresentou forte anemia e passou por transfusão de sangue. 

sábado, 1 de junho de 2019

'Queria que ele voltasse vivo', diz avô de criança morta em Samambaia

Rhuan Maicon da Silva Castro, 9 anos, morava com os avós no Acre. O garoto foi levado pela mãe em 2014 e assassinado por ela neste sábado (1°/6)
O corpo de Rhuan Maicon da Silva Castro, 9 anos, foi encontrado neste domingo (1°/6), em Samambaia
(foto: Reprodução/Facebook)

Levado em 2014 pela mãe sem avisar a outros familiares, a morte de Rhuan Maicon da Silva Castro, 9 anos, chocou os familiares dele, que o procuravam incansavelmente. Na madrugada deste domingo (1°/6), o corpo do pequeno foi encontrado esquartejado em Samambaia. À Polícia Civil, Rosana Auri da Silva Cândido, 27, confessou que tirou a vida do próprio filho com a ajuda da companheira, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, 28 anos.  

“Eu só queria que ele estivesse vivo”, desabafou o avô paterno do menino, Francisco das Chagas de Castro, 63. Em entrevista ao Correio, ele contou que Rhuan morava com ele no Acre, quando foi levado pela mãe. “Minha esposa e eu cuidávamos dele. Nós que o criamos durante 4 anos. Dávamos de tudo e ele era a alegria da casa. Entramos com uma ação judicial para conseguir a guarda dele. O processo ainda estava em andamento, mas era favorável a nós. Porém, um dia ela o levou e nunca mais voltou”, afirmou.  

Francisco diz que, após a fuga de Rosana, percorreu diversas cidades à procura do neto. “Sempre que recebíamos qualquer pista, corríamos atrás. Fomos a Goiânia (GO), Trindade (GO) e Anápolis (GO), mas não conseguimos encontrá-lo”, disse. O avô recebeu a notícia da morte do neto nesta manhã, por meio de uma mensagem no celular. “Ninguém teve coragem de me contar pessoalmente. Meu coração está em pedaços”, se emocionou.  

Tragédia: Mãe mata e esquarteja crianças de 9 anos

CRIANÇA É ESQUARTEJADA E MORTA, PELA MÃE E TIA EM SAMAMBAIA.

Fonte: central da notícia
Uma criança de 9 anos foi assassinada com requintes de crueldade em Samambaia, ela foi esfaqueada e esquartejada, enquanto dormia, por mãe e tia.

Metade do corpo em uma mala foi encontrado no posto da Polícia Militar desativado e o restante do corpo em sua residência na 619 conjunto 04. 

As assassinas foram presas em flagrante. 

Os vizinhos chamaram a polícia, e policiais e conselheiros tutelares ficaram estarrecidos ao virem o quadro pavoroso onde se deu o crime, e disseram nunca ter presenciado nada igual nas ocorrências aqui em Samambaia.

Fonte: a redação