quarta-feira, 3 de abril de 2019

Líder do PSL critica reforma da Previdência dos militares e cobra mudanças


"Nós só queremos fazer a adequação para outras carreiras assemelhadas. Existem outras carreiras que têm esse papel de defesa, de segurança e que não têm os mesmos requisitos trazidos nas reformas dos militares%u201D, defende o parlamentar

(foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), voltou a criticar a reforma da Previdência dos militares. Após reunião nesta terça-feira (2/4) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele defendeu a equiparação de mudanças propostas aos militares das Forças Armadas com o de carreiras semelhantes, como as forças auxiliares de segurança pública. "Nós só queremos fazer a adequação para outras carreiras assemelhadas. Existem outras carreiras que têm esse papel de defesa, de segurança e que não têm os mesmos requisitos trazidos nas reformas dos militares”, disse. 

Enquadram-se nas forças auxiliares de segurança policiais e bombeiros militares. Entretanto, Waldir também defende nesse âmbito a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Guarda Municipal. "Não é a reestruturação de carreira, mas um regime de Previdência mais adequado ao dos militares", explicou o parlamentar. Uma das propostas do deputado é rever a

Secretaria de Saúde confirma sétima morte por dengue este ano no DF


Para combater a doença, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), solicitou ajuda do Exército Brasileiro


(foto: André Borges/Agencia Brasília)

Após o preocupante aumento de pessoas diagnosticadas com dengue no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde confirmou a sétima morte por causa da enfermidade apenas este ano. O caso aconteceu no Núcleo Bandeirante, em 23 de março de 2019. Em igual período do ano passado, apenas uma morte por causa da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti foi registrada nas unidades de saúde da capital.  

De acordo com o último boletim, divulgado pela pasta na segunda-feira (1°/4), 5.759 casos foram notificados desde janeiro. Desses, 788 foram descartados e 4.981 são considerados prováveis. A capital está em estado de alerta para a doença, mas o órgão garante que a incidências não configura epidemia. O último

Ao deixar Israel, Bolsonaro diz que jogará 'pesado na Previdência'


Presidente também disse que o Congresso é soberano e que dificilmente a proposta passará sem alterações

Presidente da República, Jair Bolsonaro durante partida de Israel(foto: Alan Santos/PR)

Jerusalém, Israel - Após concluir a viagem a Israel, o presidente da República, Jair Bolsonaro, embarcou de volta ao Brasil, nesta quarta-feira (3/4). Antes da partida, ele atendeu a imprensa ainda no hotel e falou sobre o foco no retorno ao país, principalmente em torno da reforma da Previdência. A jornada de volta dura cerca de 20 horas.

O presidente negou, no entanto, que a antecipação da volta ao Brasil tenha alguma relação com a articulação. “São poucas horas. Isso não tem nada a ver. A previsão é de chegar na quinta-feira (4/4), às 6h da manhã. Não dá para conversar com ninguém nesse horário. Missão comprida aqui, tenho audiência às 8h”, afirma.

Bolsonaro disse também que conhece a maioria dos parlamentares e não tem problema em dialogar com eles. “[O foco] agora é a Previdência. Vamos jogar pesado na [reforma da] Previdência, porque é um marco. Se der certo, tem tudo para fazer o Brasil decolar”, afirma.

O chefe do Planalto também disse que o Congresso é soberano e que dificilmente a proposta passa sem alterações. “Gostaria que passasse como chegou, mas nós sabemos que terá mudanças. Não existem projetos sem mudanças, é coisa rara. O deputado, na ponta da linha, sabe onde o calo aperta. A boa Previdência é a que passa. Quem vai bater o pênalti é a Câmara e, depois, o Senado”, aponta.

Encontro com Maia

Jair Bolsonaro também afirmou que pode encontrar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conversar. Segundo ele, quem prepara o encontro é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em um jantar na sexta-feira (5/4).

O presidente, porém, não confirmou presença. “Estou com 64 anos, não dá para ter uma batida dessas. Complica, de repente estou

Preocupação com pagamento de salários deixa reajuste no DF em segundo plano


Com orçamento apertado e decisão judicial que tira R$ 700 milhões anuais do Distrito Federal, governador reforça, durante reunião de avaliação dos primeiros 90 dias de governo, que discussões sobre reajustes e terceira parcela serão adiadas

Ibaneis: 'Temos que tomar muito cuidado com o nosso estado. Nós não temos dinheiro sobrando. Temos condições de pagar a nossa folha e precisamos cumprir as nossas obrigações'

(foto: Renato Alves/Agência Brasília)

Em meio a dificuldades financeiras, orçamento apertado e uma derrota no Tribunal de Contas da União (TCU) que tem impacto bilionário nos cofres do DF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) colocou o pagamento de salários, aposentadorias e pensões como o principal compromisso do GDF. Com isso, o chefe do Executivo local reitera que as negociações para aumentos e pagamento da terceira parcela do reajuste dos servidores ficarão para mais tarde. As declarações de Ibaneis foram feitas ontem, após reunião com o secretariado no Palácio do Buriti.

Antes de discutir qualquer aceno ao funcionalismo público, o emedebista quer pacificar a questão em torno da decisão do TCU (leia Memória). Com o reconhecimento da Corte de que os valores arrecadados com o Imposto de Renda de servidores pagos pelo Fundo Constitucional pertencem à União, o DF precisa devolver aos cofres federais R$ 10 bilhões. O impacto na arrecadação anual é de R$ 700 milhões.

Tudo isso, de acordo com Ibaneis, cria um ambiente de incerteza em que é “muito difícil” discutir aumentos e pagamento da terceira parcela. “Vou ter de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) buscar uma liminar (para rever a decisão do TCU) —  e vai ser uma liminar, que pode cair a qualquer momento. Então, eu tenho que tratar isso com toda a responsabilidade. Meu primeiro compromisso é não deixar o servidor do DF sem receber salários, aposentadorias e pensões”, justificou o governador.

A terceira parcela dos reajustes dos servidores é um impasse antigo. Estabelecido por lei no governo de Agnelo Queiroz (PT), o pagamento foi suspenso no início do mandato de Rodrigo Rollemberg (PSB) sob a alegação de que faltavam recursos para quitar a dívida e de que o acréscimo não estava previsto

Renato Vieira: 'O objetivo é de concessão automática de benefícios'


O presidente do INSS defende a migração da forma de trabalho do analógico para o digital no instituto. Diz que não existe expectativa de concurso para o órgão. Atualmente, são pagos R$ 43 bilhões em benefícios, por mês, a 35 milhões de usuários

(foto: Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)

Há pouco mais de 70 dias à frente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Renato Vieira disse que a maior autarquia do país precisa passar por uma ampla mudança cultural e digital. Um dos principais entraves, o excesso de procedimentos analógicos atrapalha a concessão de benefícios e criou, ao longo dos últimos anos, um prejuízo social grande, na avaliação dele. Para isso, o órgão criou a Medida Provisória nº 781, que estabelece uma espécie de força-tarefa para análise de processos. Haverá empenho tanto para verificar irregularidades em benefícios quanto requerimentos que estão em análise, que, juntos, somam  5 milhões de processos. Os servidores do INSS terão um bônus de desempenho que será pago até o fim deste estoque. Apesar disso, não há expectativa de concursos públicos, já que ele pretende adotar uma agenda de digitalização dos processos, incluindo a concessão automática de benefícios previdenciários. Hoje, há 27 mil servidores, 1,7 mil agências da Previdência Social e 35 milhões de beneficiários. Por mês, são pagos R$ 43 bilhões aos segurados. Sobre as novas regras para a concessão de empréstimo consignado a aposentados e pensionistas, que entraram em vigor nesta semana, Renato Vieira ressaltou que a ação é fundamental para diminuir o assédio dos bancos sobre os segurados. O presidente do INSS recebeu o Correio no seu gabinete, na sede da autarquia, em Brasília. A seguir, leia a entrevista:

O que tem sido feito desde o início da gestão? 
Nesses 60 dias, temos tentado estabelecer um plano de ação, um planejamento para enfrentar os nossos principais problemas. O INSS é um mundo. A maior autarquia do Brasil. E o fato de ser a maior de todas nos traz também uma série de outras dificuldades. O INSS é uma locomotiva, e muitas vezes ela leva um tempo maior para ganhar velocidade. Mas tenho certeza de que, depois que as rotinas e os procedimentos forem bem estabelecidos, essa locomotiva conseguirá manter uma velocidade constante e estabelecer um padrão de atuação adequado.



Ainda não está adequado?
Não, não está. O INSS, em população atendida, é o quarto país da América. Só não é maior que EUA, o próprio Brasil e México. Estamos falando de 90 milhões de brasileiros diretamente atendidos pelo INSS. São 35 milhões de beneficiários e 55 milhões de segurados da Previdência. Se for considerar apenas a folha do INSS, é o Canadá inteiro.


Quais são os principais problemas? 
A judicialização é um deles. Do total que o INSS paga, R$ 92 bilhões, por ano, são por determinação judicial. É um outro problema que a gente tem, o excesso de judicialização da Previdência. É preciso identificar quais são as principais razões para uma judicialização desproporcionalmente desmedida, como essa.


O que tem sido estudado para isso?
Um dos grandes problemas da judicialização da Previdência, no fim das contas, é o espaço que a legislação deixa para diversas interpretações. E, dentro desse espaço, o principal problema é a pouca rigidez de critérios probatórios da condição de segurado da Previdência ou do preenchimento dos requisitos para acesso ao benefício. Temos alguns desafios. O principal deles é mexer em algumas regras, tanto legais quanto infralegais. Sobretudo infralegais, normativas, que estabeleçam