"Nós
só queremos fazer a adequação para outras carreiras assemelhadas. Existem
outras carreiras que têm esse papel de defesa, de segurança e que não têm os
mesmos requisitos trazidos nas reformas dos militares%u201D, defende o
parlamentar
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(foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados) |
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO),
voltou a criticar a reforma da Previdência dos militares. Após reunião nesta
terça-feira (2/4) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele defendeu a
equiparação de mudanças propostas aos militares das Forças Armadas com o de
carreiras semelhantes, como as forças auxiliares de segurança pública.
"Nós só queremos fazer a adequação para outras carreiras assemelhadas.
Existem outras carreiras que têm esse papel de defesa, de segurança e que não
têm os mesmos requisitos trazidos nas reformas dos militares”, disse.
Enquadram-se nas forças auxiliares de segurança
policiais e bombeiros militares. Entretanto, Waldir também defende nesse âmbito
a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Guarda
Municipal. "Não é a reestruturação de carreira, mas um regime de Previdência
mais adequado ao dos militares", explicou o parlamentar. Uma das propostas
do deputado é rever a
alíquota de contribuição. "A contribuição dos
militares passará de 7,5% para 10,5%. Nas outras carreiras, vai até 22%. Então,
nós precisamos de pequenas adequações. Isso nós vamos fazer no momento
apropriado, na comissão especial", informou.
O projeto de lei que altera as regras de
aposentadoria para os militares não agrada a gregos e troianos. No geral,
deputados acharam a proposta muito tímida. Parlamentares ligados às áreas das
forças auxiliares de segurança pública, como policiais militares e bombeiros,
também reforçaram o coro. Desde a última semana Guedes foi avisado que
precisaria dar muitas explicações sobre a reforma dos militares, sob risco de
emplacar ao governo uma derrota prematura.
O argumento de líderes e deputados da bancada
da segurança pública é de que, na falta de convencimento, a reforma dos
militares, que chegou sem muita gordura, será desfigurada quando começar a
tramitar. O discurso de alguns deputados do próprio PSL é de que os militares
das Forças Armadas aceitaram o texto, mas os militares das forças auxiliares
não.
A promessa, no entanto, é de que a briga por
modificações ao texto será comedida, feita sem muito estardalhaço. A bancada da
bala e parlamentares do PSL querem um entendimento pacífico, a fim de evitar a
fim de evitar cisão maior e rachas no governo. Afinal, o discurso é de que
militares e policiais militares compõem a base mais fiel do presidente Jair
Bolsonaro.
Fonte: Correio Braziliense