quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Moção de Repúdio

Fórum Nacional de Membros do Ministério Público da Infância e Adolescência 

O Fórum Nacional de Membros do Ministério Público da Infância e Adolescência – Proinfância vem a público externar a presente moção de repúdio diante de todo o descaso do poder público para com as primeiras eleições unificadas dos Conselhos Tutelares de todos os municípios do Brasil, ocorridas no último domingo, 04 de outubro de 2015.

Em razão do absoluto descaso com que se trata a infância e juventude no Brasil, não é exagero dizer que o último 04 de outubro também marcou a pior eleição já realizada na história do país: despreparo e insuficiência das equipes de mesários; logística inadequada para atender os eleitores; subdimensionamento da demanda esperada; longas e intermináveis filas de espera; pessoas expostas, por horas a fio, ao sol do meio-dia em pleno sertão nordestino; candidatos fraudando descaradamente as regras de conduta eleitoral que deles esperavam obediência; transporte irregular de eleitores aos borbotões; boca de urna desavergonhada dos candidatos e seus cabos eleitorais; falta de sanção penal para as condutas vedadas; votações ocorrendo, em pleno século XXI, mediante urnas de lona - no que se incluem muitas capitais (João Pessoa/PB, São Luís/MA, Vitória/ES etc); eleições não realizadas ou anuladas em quatro dos maiores municípios do país: São Paulo/SP, Salvador/BA, Belém/PA e Rio de Janeiro/RJ; apurações que adentraram a madrugada em virtude da necessidade de se "cantar" o voto; os promotores de justiça da infância e juventude praticamente sozinhos no combate ao mar de irregularidades em que soçobravam, dentre outras.

Reza a sabedoria popular que é melhor procurar soluções do que apontar culpados. Porém, neste caso, eles são tantos que é impossível não os mencionar.

Primeiro, o Congresso Nacional, que inseriu no Estatuto da Criança e do Adolescente a previsão de que as eleições de todos os Conselhos Tutelares do país ocorressem na mesma data, mas deixou de prever a participação da Justiça Eleitoral, desconsiderando a falta de estrutura da maioria dos municípios e os custos para a realização do pleito (no Distrito Federal, por exemplo, foram gastos 9 milhões de reais para o seu preparo). Pior ainda, esqueceu o legislador brasileiro de prever sanções penais para condutas proibidas em qualquer eleição, como a boca de urna e o transporte irregular de eleitores, deixando todos os que participaram das eleições à mercê das mais diversas – e escancaradas – condutas imorais.

Segundo, a Justiça Eleitoral – justiça de estrutura caríssima entre nós, utilizada apenas de dois em dois anos –, que simplesmente virou as costas para estas eleições, limitando-se, quando muito (e em apenas alguns Estados), a emprestar algumas urnas eletrônicas para as metrópoles e urnas de lona – em número absolutamente insuficiente, por sinal – aos demais municípios. A Justiça Eleitoral, que, em nome de um suposto espírito democrático, muito exige dos municípios para a realização das suas

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Conselheiros tutelares: GDF admite falhas e resultado final é adiado

A confusão em torno da eleição começou em julho. O Tribunal de Contas do DF (TCDF) suspendeu o processo para a escolha dos conselheiros no início do mês

O Governo do Distrito Federal (GDF) admitiu falhas no processo de eleição para o cargo de conselheiros tutelares do DF. Em nota, a Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude afirmou que “inconsistências” foram detectadas e, por isso, o resultado final, previsto para ser anunciado nesta terça-feira (6/10), será adiado. A lista com os 200 conselheiros e 400 suplentes poderá ser divulgada até o dia 23 de outubro. A eleição foi no último domingo, dia 4. Na tarde de hoje, cerca de 30 candidatos que participaram do certame foram até a Câmara Legislativa para manifestar contra o processo. Segundo eles, a eleição precisa ser anulada e refeita. “Estamos insatisfeitos com tanta irregularidade. E precisamos mostrar que tudo foi feito de forma errado

Candidata a conselho tutelar votou em si mesma, mas não teve voto computado

No processo que ameaça invalidar as eleições, serão adicionados os problemas denunciados durante a escolha, no domingo


 Camila Costa

Dolores e a decepção do zero: "Ao menos eu mesma votei em mim"


A eleição para conselheiros tutelares do Distrito Federal corre risco de ser invalidada. A ação civil pública contra o Conselho Tutelar, o Distrito Federal e a Fundação Getulio Vargas (FGV) ajuizada pela Defensoria Pública do DF continua a valer mesmo após a realização do certame, no último domingo. As falhas, os problemas e as denúncias de irregularidades do dia da votação estarão, inclusive, anexados como provas ao processo. Testemunhas também serão ouvidas, entre elas, eleitores e candidatos. A Defensoria levará adiante a ação, mas a sentença, de anulação ou validação das eleições, será dada pela Vara da Infância e Juventude. Um dos

domingo, 4 de outubro de 2015

Vote nos candidatos ao Cargo de Conselheiro Tutelar



Posted by Gleisson Coutinho on Domingo, 4 de outubro de 2015

Eleição do Conselho Tutelar do DF é Garantida para 04/10/2015.

Segundo a Secretaria da Criança, houve um recorde no número de inscrições este ano, em relação ao último processo, que ocorreu em 2012


As eleições para conselheiro tutelar, que ocorrem neste domingo (4/10), serão escolhidos 200 conselheiros e 400 suplentes. Assim como nas eleições tradicionais, os eleitores que quiserem participar do processo de escolha devem comparecer a um dos locais de votações com o título de eleitor e um documento oficial com foto.




Segundo a Secretaria da Criança, houve um recorde no número de inscrições este ano, em relação ao último processo, que ocorreu em 2012. Foram 26.558 candidatos, cinco vezes a mais que no pleito anterior. Ceilândia, Águas Claras e Taguatinga lideraram as inscrições.

Problemas
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) havia barrado o processo na última quinta-feira (1º/10), que acatou ação ajuizada pela Defensoria Pública — sob alegação de que houve irregularidades na segunda fase, de apresentação e de validação dos documentos dos concorrentes no pleito.

No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou pedido da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) e suspendeu a liminar que cancelava as eleições dos Conselhos Tutelares


Fonte: Correio Braziliense