O
AÇOITE E A CHIBATA
A política do Distrito Federal é pródiga em nos apresentar situações,
embora lastimáveis, com formas tragicômicas, a exemplo da "auto
demissão" do Jornalista Hélio Doyle do cargo de Secretário Chefe da Casa
Civil do "Governo de Brasília" (assimauto intitulado o governo
socialista instalado no Buriti - perdão à cacofonia). Açoitado por políticos,
servidores, sindicatos e empresários, o demissionário, Hélio Doyle focou a
pendenga nos políticos e aí, à guisa de vingança, revidou com a mais poderosa
das chibatas: a língua. Me atrevo a qualificar de vingança porque se os graves
fatos que ele agora relata, de fato ocorreram, porque não denunciou a tempo e a
hora? Serve-se de sua chibata para fustigar seus desafetos, sem dizer nomes, e
se coloca na mais confortável das posições, entrementes, também a mais cruel,
calhorda e covarde delas: aquela sustentada pelo discurso de que ocorreram, mas
não precisam ser provadas. É verdade que a política, e os políticos, estão
extremamente desgastados, e também não se pode negar que a culpa é dos próprios
políticos, que são useiros e vezeiros em protagonizar escândalos e
envolverem-se em casos noticiados pelas páginas policiais. Feito esse reparo,
mesmo essa verdade não tem força, em si mesma, para justificar a postura de
Hélio Doyle que, a meu sentir, muito mais mancha sua biografia que presta