O
AÇOITE E A CHIBATA
A política do Distrito Federal é pródiga em nos apresentar situações,
embora lastimáveis, com formas tragicômicas, a exemplo da "auto
demissão" do Jornalista Hélio Doyle do cargo de Secretário Chefe da Casa
Civil do "Governo de Brasília" (assimauto intitulado o governo
socialista instalado no Buriti - perdão à cacofonia). Açoitado por políticos,
servidores, sindicatos e empresários, o demissionário, Hélio Doyle focou a
pendenga nos políticos e aí, à guisa de vingança, revidou com a mais poderosa
das chibatas: a língua. Me atrevo a qualificar de vingança porque se os graves
fatos que ele agora relata, de fato ocorreram, porque não denunciou a tempo e a
hora? Serve-se de sua chibata para fustigar seus desafetos, sem dizer nomes, e
se coloca na mais confortável das posições, entrementes, também a mais cruel,
calhorda e covarde delas: aquela sustentada pelo discurso de que ocorreram, mas
não precisam ser provadas. É verdade que a política, e os políticos, estão
extremamente desgastados, e também não se pode negar que a culpa é dos próprios
políticos, que são useiros e vezeiros em protagonizar escândalos e
envolverem-se em casos noticiados pelas páginas policiais. Feito esse reparo,
mesmo essa verdade não tem força, em si mesma, para justificar a postura de
Hélio Doyle que, a meu sentir, muito mais mancha sua biografia que presta
um
serviço à nação ou à própria política. Esquece ele que o "Governo de
Brasília" (nova alcunha do Poder Executivo distrital), assumiu suas
atribuições há cerca de 6 meses, prometendo um projeto político inovador para o
DF, mas até agora somente manifestou uma absoluta inabilidade para a gestão
pública. Quando Hélio Doyle "cai atirando" demonstra muito mais
fraqueza e despreparo do que um real compromisso com o povo; mostra que pregava
um discurso e tinha outra prática. Quem quer mudar a política, mudar as
práticas políticas, não se reúne às escondidas para tratar de assuntos sem
qualquer lastro republicano e depois, à guisa de esclarecer a opinião pública,
diz que foi esse ou aquele assunto. Ora, espera-se de um homem público,
probidade, honestidade, publicidade e, acima de tudo, compromisso com a coisa
pública. Esse compromisso permeia todas as atividades do servidor público, seja
ele concursado ou de livre nomeação. Se Hélio Doyle de fato se reuniu com
políticos para "Iobby" em favor de empresas e não denunciou o
"lobista" é, a meu sentir, uma postura mais nefasta que aquele com
quem se reunira, porque o "lobista" (político ou não), está na defesa
de sua própria mesquinharia, mas o ex-Secretário Hélio Doyle não. Estava, até
então, posto na defesa da sociedade, do povo, da própria democracia e apregoava
isso, pregava isso, discursava isso. É preciso que explique porque só
falou agora. O que mais ocorria dentro do Gabinete de Hélio Doyle que até agora
ele não nos contou?
Eu, por meu turno, o desafio a dizer de meu nome, de que estive com ele
para
tratar de quaisquer assuntos desviados da ética, da moralidade, da
seriedade. É hora de Hélio Doyle vir a público dizer de suas atividades na Casa
Civil, sob pena de sofrer açoite por empunhar mal a própria chibata.
assinado: Deputado Dr Michel
baixe na integra a carta do deputado click aqui
Fonte: Assessora de Comunicação |
Deputado Dr. Michel (PP/DF)
Jornalista Ana Paula Cortes
DRT: DF 2442/95
anapaulacortesonline.blogspot.com / @apcortes
www.drmichel.com.br / @depdrmichel
(61) 8131-3608 / (61) 3348-8172