Os ataques do deputado presidiário ao
Ministério Público foram cruciais no sentido de reduzir o número de votos
favoráveis à cassação. Afinal, há muitos ali que não suportam os procuradores
O caso do deputado Natan Donadon, de Rondônia, mereceria uma
dissertação de mestrado no sentido de entender o que se passa na cabeça dos
políticos. No início da quarta-feira, ninguém apostava que ele seria
“absolvido” por seus colegas. Mas, passadas as primeiras 24 horas, era possível
vislumbrar o que levou um presidiário a manter o seu mandato. Donadon ganhou na
política. E nas próximas linhas você descobrirá o porquê.
A lição número um para sensibilizar os colegas parlamentares foi agir com
humildade e ter a coragem de enfrentar o camburão. Só ali, ele conquistou uns
votinhos, mas o que provocou as 41 abstenções, a maioria decidida de última
hora, foram os 40 minutos em que o congressista ocupou a tribuna da Câmara.
Dramalhões à parte, com citação da família e etc., Donadon foi crescendo
a cada minuto que falava. O discurso cirúrgico bateu exatamente naquilo que
cala fundo aos