Na casa em que viveu nos últimos oito meses, Wellington passou a maior parte do tempo se preparando para o ataque.
Na casa em que viveu nos últimos oito meses, Wellington passou a maior parte do tempo se preparando para o ataque à escola.
Em novembro do ano passado, ele quer aprender a atirar. Wellington faz contato - por computador - com um dos instrutores de tiro mais experientes do Rio de Janeiro e que é credenciado pela Polícia Federal para dar aulas sobre o uso de armas de fogo.
Wilson Saldanha guardou os e-mails. No primeiro contato, Wellington diz que usaria a arma apenas para defesa pessoal, mas que enquanto não tem uma gostaria de ir treinando para saber efetuar disparos com segurança. Na resposta, o instrutor explica que nenhum clube de tiro empresta armas, mas que ele poderia fazer um curso para aprender a atirar.
De: Wellington
Enviada em: quinta-feira, 4 de novembro de 2010 17:52
Para: Wilson Saldanha
Assunto: treinamentos
Gostaria de saber se o stand é apenas para associados ou para os civis também, pois eu sou civil e pretendo adquirir uma arma para defesa pessoal quando eu completar 25 anos, tenho 23 anos, por isso gostaria de enquanto isso ir treinando, para quando eu adquirir a arma eu já saber efetuar disparos e manusear a arma com segurança, se possível, gostaria de receber a tabela de custos e as documentações necessárias, pois não encontrei opções no site oficial, me ajudaria muito, obrigado.
De: Wilson Saldanha
Enviada em: quinta-feira, 4 de novembro de 2010 22:05
Para: Wellington
Assunto: res: treinamentos
Wellington boa noite,
Vc está correto em querer treinar para quando comprar saber usar. Mas infelizmente no Rio de Janeiro você não terá clube para lhe emprestar arma. O estande da vila como outros no Rio são para todos que se associarem, mas no seu caso estaria pagando para não usar. Caso queira pode sim fazer um curso de tiro e depois do curso marcar com instrutor reciclagem, assim poderá aprender a manusear. Isso acho é sua melhor opção. Acredito que queira saber os custos. Curso de tiro hoje com pistola calibre 380 ou revolver 38, custa 550,00. O curso envolve normas de segurança, aula teórica e aula prática com 100 tiros.
No e-mail seguinte, Wellington diz que gostaria de fazer o curso de tiro com um revólver calibre .38. E que deseja pagar à vista.
O instrutor responde que é preciso passar os dados para um cadastro. Mas Wellington se torna arredio. Alega que o computador está com vírus, e diz não achar seguro enviar esses dados pela internet. Prefere apresentar pessoalmente os documentos e termina escrevendo: "segurança em primeiro lugar, tudo bem?"
De: Wellington
Enviada em: quarta-feira, 10 de novembro de 2010 10:17
Para: Wilson Saldanha
Assunto: res: treinamentos
Bom dia, eu gostaria de fazer esse curso de tiro sim, no caso para revólver calibre .38, poderia me enviar o endereço de qual setor eu devo ir e quais documentações deverei apresentar? Não sei se existe parcelamento, mas tenho interesse de efetuar o pagamento a vista. Eu já fui aí por perto por algumas vezes, freqüentava muito o museu aeroespacial que é próximo, mas não sei o nome da rua ao certo nem o setor ou número do local onde se ensina a atirar, quando eu chegar aí eu me informo melhor quanto a data exata do início do curso. Mas no momento o problema para mim é como endereço, agradeço a atenção.
De: Wilson Saldanha
Enviada em: quarta-feira, 10 de novembro de 2010 19:14
Para: Wellington
Assunto: res: treinamentos
Wellington boa tarde estou em Brasília em uma demonstração de armamentos. Volto na sexta, se for bom para vc podemos marcar para domingo, caso seja possível envio um mapa da sua casa até o local, através do google maps. Por favor, confirmando o curso no domingo necessito que me envie nome completo, endereço completo e qual arma vc quer comprar. Pois o laudo eu tenho que levar pronto especificando a arma. Me mande também seus telefones.
De: Wellington
Enviada em: sexta-feira, 12 de novembro de 2010 23:06
Para: Wilson Saldanha
Assunto: res: treinamentos
Acontece que meu computador está com vírus, não acho seguro eu enviar esse tipo de dados pela internet no estado que meu computador está, prefiro apresentar pessoalmente esses documentos, segurança em primeiro lugar, tudo bem?
Em novo e-mail. o instrutor reforça a necessidade dos documentos e diz que não haveria problema em passar os dados por email. E termina: aguardo o envio.
De: Wilson Saldanha
Enviada em: sexta-feira, 12 de novembro de 2010 23:18
Para: Wellington
Assunto: res: treinamentos
Wellington, necessito dos dados, todos os alunos solicito a ficha criminal. Por isso antes de levar alguém para o estande faço esses procedimentos. Enviar cpf, identidade e profissão pelo computador não há nenhum problema. Falsificação não é feita com dados passados por e-mail.
Aguardo o envio.
Wellington não voltou a escrever.
O que mais chamou a atenção do instrutor foi o tipo de arma que escolhido pelo jovem.
“Hoje em dia, o que todo mundo pede é aprender a usar pistola; 38 quase ninguém pede, é muito raro”, comenta. “Eu posso presumir que seja mais fácil de comprar no câmbio negro um 38. Ele não estava comprando pelos métodos legais, fazendo prova, fazendo avaliação psicológica. É muito mais fácil e muito mais barato, uma pistola deve custar no câmbio negro mais de R$ 1 mil e um revólver, uns R$ 200, R$ 300”.
O instrutor diz - pelas imagens que viu - ser pouco provável que Wellington tenha feito treinamento com um profissional. E que o uso do speedloader - o mecanismo que permite recarregar a arma mais rapidamente - pode ter sido aprendido facilmente.
“Municiar um revólver não requer um treinamento mais específico”.
Na mesma época em que procurou o instrutor de tiro, Wellington também estava em busca de uma arma para comprar. Charleston de Lucena, que trabalha como chaveiro, e o vigia Izaías de Souza confessaram ter intermediado a venda de um dos revólveres usados no crime.
Em depoimento gravado à polícia os dois contaram como foi a negociação.
“Uns três ou quatro meses atrás, deu algum problema na porta dele, ele me chamou pra fazer o serviço pra ele. Fiz o serviço pra ele normalmente, ele me pagou normal, ai perguntou se eu sabia quem tinha uma arma pra vender”, conta Charleston.
Charleston entrou em contato com Izaías, que conhecia um terceiro homem que tinha um revólver calibre .32 para vender.
A arma tinha sido roubada há 18 anos do último proprietário legal, que já morreu. Charleston e Izaías entregaram o revólver na casa de Wellington. Ele pagou R$ 260. Os dois homens presos receberam R$ 30 de comissão, cada um.
Para esconder o verdadeiro interesse pela arma, Wellington mentiu.
“Ele falou que queria uma arma porque ele morava ali há pouco tempo, não conhecia ninguém, tinha medo de ficar ali à noite, sem conhecer ninguém. E seria pra segurança dele”, diz Charleston.
Informações de vizinhos e material apreendido na casa de Wellington mostram que ele usava muito a internet, mas quando esteve na casa a polícia descobriu que na rotina do assassino não estava apenas o computador. O jovem também passava muito tempo numa espécie de oficina que mantinha num dos cômodos.
Na oficina, os investigadores encontraram fogos de artifício desmontados. E acreditam que Wellington tenha modificado ali o cinturão em que levou vários speedloaders carregados de munição para a escola.
Ele adaptou pedaços de cano de PVC no cinto para facilitar a retirada dos carregadores. As roupas escolhidas para o dia do ataque também são consideradas indícios de que Wellington preparou cuidadosamente cada detalhe do crime. Além do cinturão estava usando luvas e botas tipo coturno. Carregava uma mochila com uma bomba caseira e textos religiosos que falam de inferno, alma, espírito, morte e ressurreição.
domingo, 10 de abril de 2011
Após chacina, especialistas voltam a defender debate sobre desarmamento
Circuito interno da escola mostra o assassino com um dos revólveres: desarmamento em discussão
A trágica morte de 12 crianças no massacre ocorrido na última quinta-feira na Escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, reabriu a discussão sobre o porte de armas por civis. As duas campanhas de desarmamento realizadas nos últimos anos recolheram cerca de 550 mil revólveres, pistolas e espingardas em todo o país e, embora eficientes, não chegaram a abalar de forma significativa a quantidade desses materiais. Dados da Polícia Federal apontam a existência de 15,9 milhões de armas no Brasil — apenas 8,3 milhões delas são legais. A maior parte (87%) está nas mãos da população civil.
Esses dados, aliados ao fato de o Brasil ser campeão mundial em números absolutos por morte com arma de fogo, com uma média de 34,3 mil homicídios por ano, preocupam os especialistas em segurança. O ex-subsecretário nacional de Segurança Pública Guaracy Mingardi, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, defende o início imediato da conscientização da população para a entrega de armas à polícia. “É bem provável que, neste momento, possa haver um apelo mais emotivo e ter um efeito mais positivo.”
Mingardi explica que a finalidade maior das campanhas de desarmamento não é recolher todas as armas existentes, mas restringir o acesso a elas. “Sabe-se que não vai ser retirada a arma de um criminoso profissional. O controle sobre os armamentos foi perdido. Por isso, a necessidade da campanha, para fazer com que a arma irregular que esteja na mão de um não criminoso não retorne para o crime.”
Campanha
A ideia de antecipar a terceira campanha de desarmamento no Brasil foi colocada em pauta pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no dia da barbárie. Mas para o professor Renato Antônio Alves, do Núcleo de Estudos da Violência (NUV) da Universidade de São Paulo (USP), é preciso pensar no combate em todas as frentes. “É necessária uma campanha de desarmamento forte, mas também um reforço no controle de fronteiras, na emissão de portes de armas e na fiscalização”, ressalta.
O pesquisador critica o controle das armas no Brasil realizado em duas frentes: o Exército toma conta dos equipamentos militares legais, enquanto a Polícia Federal cuida das armas registradas de civis. “O acesso está facilitado demais. Significa que o controle não é efetivo”, avalia. Uma pesquisa da ONG Viva Rio, realizada a partir da análise de mais de 300 mil armas apreendidas e rastreadas em todo o país nos últimos 20 anos, comprova a alegação do professor. Apesar de se vincular o crime à arma ilegal, cerca de 30% dos revólveres e pistolas apreendidos em situação ilegal foram legalmente comprados.
Em 23 de outubro de 2005, um referendo foi realizado para saber se a população concordava com a proibição da comercialização de armas. O resultado final foi de 59,1 milhões de votos (63,94%) rejeitando a proposta e 33,3 milhões (36,06%) a favor do desarmamento total.
PARA LULA, CRIME FOI “UMA BARBARIDADE”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva qualificou como barbaridade o massacre ocorrido em Realengo. Para Lula, o responsável pela morte de 12 crianças, Wellington Menezes de Oliveira, seria “psicopata”, porque o crime foi ato premeditado. “Isso é uma coisa impensável. Não posso imaginar que um ser humano tenha coragem de sair de casa e praticar uma barbaridade dessas”, comentou Lula, após participar da missa de sétimo dia pela morte do ex-vice-presidente José Alencar, na Catedral da Sé, centro de São Paulo.
A trágica morte de 12 crianças no massacre ocorrido na última quinta-feira na Escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, reabriu a discussão sobre o porte de armas por civis. As duas campanhas de desarmamento realizadas nos últimos anos recolheram cerca de 550 mil revólveres, pistolas e espingardas em todo o país e, embora eficientes, não chegaram a abalar de forma significativa a quantidade desses materiais. Dados da Polícia Federal apontam a existência de 15,9 milhões de armas no Brasil — apenas 8,3 milhões delas são legais. A maior parte (87%) está nas mãos da população civil.
Esses dados, aliados ao fato de o Brasil ser campeão mundial em números absolutos por morte com arma de fogo, com uma média de 34,3 mil homicídios por ano, preocupam os especialistas em segurança. O ex-subsecretário nacional de Segurança Pública Guaracy Mingardi, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, defende o início imediato da conscientização da população para a entrega de armas à polícia. “É bem provável que, neste momento, possa haver um apelo mais emotivo e ter um efeito mais positivo.”
Mingardi explica que a finalidade maior das campanhas de desarmamento não é recolher todas as armas existentes, mas restringir o acesso a elas. “Sabe-se que não vai ser retirada a arma de um criminoso profissional. O controle sobre os armamentos foi perdido. Por isso, a necessidade da campanha, para fazer com que a arma irregular que esteja na mão de um não criminoso não retorne para o crime.”
Campanha
A ideia de antecipar a terceira campanha de desarmamento no Brasil foi colocada em pauta pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no dia da barbárie. Mas para o professor Renato Antônio Alves, do Núcleo de Estudos da Violência (NUV) da Universidade de São Paulo (USP), é preciso pensar no combate em todas as frentes. “É necessária uma campanha de desarmamento forte, mas também um reforço no controle de fronteiras, na emissão de portes de armas e na fiscalização”, ressalta.
O pesquisador critica o controle das armas no Brasil realizado em duas frentes: o Exército toma conta dos equipamentos militares legais, enquanto a Polícia Federal cuida das armas registradas de civis. “O acesso está facilitado demais. Significa que o controle não é efetivo”, avalia. Uma pesquisa da ONG Viva Rio, realizada a partir da análise de mais de 300 mil armas apreendidas e rastreadas em todo o país nos últimos 20 anos, comprova a alegação do professor. Apesar de se vincular o crime à arma ilegal, cerca de 30% dos revólveres e pistolas apreendidos em situação ilegal foram legalmente comprados.
Em 23 de outubro de 2005, um referendo foi realizado para saber se a população concordava com a proibição da comercialização de armas. O resultado final foi de 59,1 milhões de votos (63,94%) rejeitando a proposta e 33,3 milhões (36,06%) a favor do desarmamento total.
PARA LULA, CRIME FOI “UMA BARBARIDADE”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva qualificou como barbaridade o massacre ocorrido em Realengo. Para Lula, o responsável pela morte de 12 crianças, Wellington Menezes de Oliveira, seria “psicopata”, porque o crime foi ato premeditado. “Isso é uma coisa impensável. Não posso imaginar que um ser humano tenha coragem de sair de casa e praticar uma barbaridade dessas”, comentou Lula, após participar da missa de sétimo dia pela morte do ex-vice-presidente José Alencar, na Catedral da Sé, centro de São Paulo.
sábado, 9 de abril de 2011
Verdades e mentiras da política do DF
1 – Administrador que trabalha termina sendo demitido pelo governo petista.
2 – O vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB-DF) já trabalha de olho em 2014.
3 – Petistas já trabalham para tirar o deputado distrital Chico Vigilante do “jogo do poder”. Ele estaria atrapalhando os supostos negócios pouco republicanos.
4 – O PT-DF acaba de adotar a política de São Francisco de Assis, tipo é dando que se recebe.
5 – Especula-se que haverá a Operação Caixa de Pandora II.
6 – Uma CPI do Pro-DF iria alcançar alguns deputados distritais.
7 – O senador Gim Argello (PTB-DF) continua tendo muita influência no GDF?
8 – O chamado “núcelo de poder do GDF” é composto por inúmeros delegados de polícia que trabalharam muito na campanha eleitoral. Há informações de que guardam “grandes segredos”
9 – O ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF) prepara as baterias para ser oposição ao governo de Agnelo Queiroz.
10 – O ex-governador cassado José Roberto Arruda estaria pressionando alguns deputados distritais para não votar as suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do DF.
11 – O grupo de 14 distritais rebeldes teria conseguido a adesão de mais quatro colegas.
12 – O ex-senador Luiz Estevão de Oliveira teria sido sondado para trabalhar na organização do PSD no DF.
13 – O PTB estaria pressionando o PT para desistir do processo contra o senador Gim Argello.
14 – Supostas irregularidades na FAP podem arranhar a imagem de um deputado distrital.
15 – Um ex integrante do governo de José Roberto Arruda estaria dando as cartas nas obras da Copa no DF.
16 – A namorada do filho de um senador está trabalhando na Câmara Legislativa. Vai trabalhar todos os dias ao contrário do que ocorria no Senado. Já tem gente vigiando.
17 – O presidente da Câmara Legislativa, Patrício, já começou a articulação para aprovar a emenda que permite a sua reeleição. O ex-presidente Alírio Neto tentou e não conseguiu.
18 – A nova logomarca do GDF parece ter sido inspirada
em um dos vídeos de Durval Barbosa.
19 – Um deputado distrital espera o retorno de Alírio Neto a Câmara Legislativa para protocolar uma representação no Conselho de Ética.
20 – Um doleiro se transformou em um verdadeiro pesadelo para alguns integrantes do GDF
2 – O vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB-DF) já trabalha de olho em 2014.
3 – Petistas já trabalham para tirar o deputado distrital Chico Vigilante do “jogo do poder”. Ele estaria atrapalhando os supostos negócios pouco republicanos.
4 – O PT-DF acaba de adotar a política de São Francisco de Assis, tipo é dando que se recebe.
5 – Especula-se que haverá a Operação Caixa de Pandora II.
6 – Uma CPI do Pro-DF iria alcançar alguns deputados distritais.
7 – O senador Gim Argello (PTB-DF) continua tendo muita influência no GDF?
8 – O chamado “núcelo de poder do GDF” é composto por inúmeros delegados de polícia que trabalharam muito na campanha eleitoral. Há informações de que guardam “grandes segredos”
9 – O ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF) prepara as baterias para ser oposição ao governo de Agnelo Queiroz.
10 – O ex-governador cassado José Roberto Arruda estaria pressionando alguns deputados distritais para não votar as suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do DF.
11 – O grupo de 14 distritais rebeldes teria conseguido a adesão de mais quatro colegas.
12 – O ex-senador Luiz Estevão de Oliveira teria sido sondado para trabalhar na organização do PSD no DF.
13 – O PTB estaria pressionando o PT para desistir do processo contra o senador Gim Argello.
14 – Supostas irregularidades na FAP podem arranhar a imagem de um deputado distrital.
15 – Um ex integrante do governo de José Roberto Arruda estaria dando as cartas nas obras da Copa no DF.
16 – A namorada do filho de um senador está trabalhando na Câmara Legislativa. Vai trabalhar todos os dias ao contrário do que ocorria no Senado. Já tem gente vigiando.
17 – O presidente da Câmara Legislativa, Patrício, já começou a articulação para aprovar a emenda que permite a sua reeleição. O ex-presidente Alírio Neto tentou e não conseguiu.
18 – A nova logomarca do GDF parece ter sido inspirada
em um dos vídeos de Durval Barbosa.
19 – Um deputado distrital espera o retorno de Alírio Neto a Câmara Legislativa para protocolar uma representação no Conselho de Ética.
20 – Um doleiro se transformou em um verdadeiro pesadelo para alguns integrantes do GDF
Ô Pesquisa Mentirosa
Rodrigo Mendes de Almeida, Jornal da Comunidade
A primeira pesquisa de avaliação sobre o governo de Agnelo Queiroz, realizada às vésperas do centésimo dia de mandato, mostra que o novo GDF é aprovado, até aqui, por 61% da população. O resultado é a soma das pessoas que responderam avaliar o governo como ótimo (3,7%), bom (18,6%) e regular (38,7%). Já as pessoas que não aprovam o governo, considerando-o ruim ou péssimo, soma 28,7%.
O estudo é uma parceria dos Instituto Dados com o Grupo Comunidade de Comunicação. A pesquisa foi realizada entre 2 e 6 de abril e ouviu 3.000 eleitores em todo o DF. A margem de erro é de 2,53 pontos percentuais. Essa é a primeira pesquisa de uma série que o Grupo Comunidade e o Instituto Dados farão para analisar o Executivo, suas ações, o trabalho no Legislativo e a opinião do brasiliense sobre temas importantes da cidade como transporte, saúde, educação, Copa do Mundo entre outros.
A pesquisa também aponta que não há grandes diferenças nas diferentes regiões do DF, nem entre as variadas faixas de renda e etária. Com pequenas variações entre uma mostra e outra, a avaliação como regular se repete em todas. Também surge uma tendência uniforme na avaliação bom e ótimo serem um pouco superiores aos de ruim e péssimo.
O levantamento também confirmou o que vinha sendo apontado há tempos pelos então candidatos ao governo durante a campanha eleitoral de 2010, e que foi tema preponderante da disputa eleitoral: a saúde é disparado a principal preocupação da população. Nada menos que 69,8% da população consideram que esse é o principal problema de Brasília e deve ser a área prioritária a ser atacada pelo governo. A preocupação com a segurança foi a segunda mais citada, ficando com um distante 9,5% de pessoas que consideram esse o principal problema, bem abaixo do primeiro.
Em seguida, vêm dois temas que também foram bastante mencionados na campanha e que são problemas crônicos da cidade: transporte e educação. Os dois ficaram bem próximos, como terceiro e quarto mais citados. O transporte foi lembrado por 5,9% dos entrevistados, ao passo que a educação, principalmente em relação a escolas e creches, foi lembrado por 5,4%.
Como um reflexo disso, a população não aprova a atuação do governo especificamente na saúde. Quando perguntados que nota dariam, 40,4% deram a nota mínima, ou seja, 1. Somando as pessoas que deram nota entre 6 e 10, o resultado é apenas 14%. O governador Agnelo Queiroz afirma que isso é um resultado natural, pois, por mais que tenha havido avanços na questão, a atuação do GDF foi mais defensiva, e as áreas estratégicas estão sendo trabalhadas com bases sólidas, para terem efeito prolongado e duradouro - ver entrevista com Agnelo Queiroz nas páginas 4 e 5.
A atuação no governo é bem melhor avaliada em outras áreas, como educação, onde 26,7% dos entrevistados deram nota entre 6 e 10, ou segurança, onde 24,5% também deram alguma nota entre 6 e 10. Todas as outras áreas avaliadas - urbanização, saneamento, comunicação, infraestrutura e esporte -, a quantidade de entrevistados que deu entre 6 e 10 passou dos 30%.
A percepção local de cada comunidade, porém, aponta para outra direção. Diferentemente de quando perguntado sobre o principal problema do DF, quando o questionamento foi sobre o principal problema na região onde o entrevistado mora, a área que vem em primeiro foi segurança. 32,9% das pessoas entrevistadas afirmaram que a segurança era sua maior preocupação local. A saúde, dessa vez, vem em segundo lugar, aparecendo com 24,7%. O terceiro problema mais citado foi o transporte, com 11,7% de menções. Em seguida aparecem educação, infraestrutura, saneamento básico e urbanização, todos acima dos 3%.
Quem cuida de cada pedaço
Outro índice significativo foi o de pessoas que afirmaram desconhecer quem são os administradores regionais do Distrito Federal. Ainda que esteja mais próximo da população por ter uma atuação localizada, 80,3% dos brasilienses não conhecem seu administrador regional. O índice é menor do que o de pessoas que não sabem quem compõe o secretariado e pode ser um reflexo também do pouco tempo de governo.
Entre os que afirmaram saber o nome do administrador regional, quando perguntados então o nome do titular do posto, apenas 34,5% souberam responder corretamente. 18,6% dos entrevistados deram um palpite errado, enquanto 46,9% sequer tentaram responder.
Uma equipe
Secretários de Estado do GDF mais conhecidosA pesquisa Dados/Grupo Comunidade de Comunicação também mediu o conhecimento do brasiliense sobre os membros do primeiro escalão do governo. Em um cenário onde a palavra de ordem é que os cargos sejam ocupados com nomes com capacidade técnica e não estritamente pelo critério político, onde o normal seria que grandes nomes que querem se projetar ocupassem esse espaço, 85,7% dos entrevistados afirmaram não saber quem são os secretários de governo.
O mais conhecido deles é, também, tido como um dos homens fortes do governo e eleito com expressiva votação para deputado federal. Titular da Secretaria de Governo, Paulo Tadeu (PT) foi lembrado por 23,6% dos entrevistados. Em seguida, outro deputado federal eleito, e logo em seu primeiro pleito, o secretário de Obras Luiz Pitiman (PMDB) foi citado por 10,8% dos entrevistados. Depois deles, outros três parlamentares também eleitos foram lembrados: Alírio Neto (Justiça - PPS), com 9,5%, Geraldo Magela (Habitação - PT), com 6,8% e Arlete Sampaio (Ação Social - PT), citada por 3,4%.
Atuação da Câmara Legislativa
Outra avaliação foi sobre a atuação da Câmara Legislativa do DF. Usando o mesmo critério que a avaliação de governo, a Câmara obteve um índice de reprovação de 34,5%. Essa porcentagem de pessoas acham que a atuação da Câmara nesse início de legislatura foi péssima ou ruim. Já o índice de aprovação em relação a atuação parlamentar local regular, boa ou ótima foi de 55,6%.
Entre os entrevistados, pelo Dados 69,8% afirmaram não saber quem são os deputados distritais. 19,9% dizem que conhecem os integrantes da Câmara. O deputado mais lembrado do Legislativo local nesse estudo foi justamente o presidente da Casa, deputado Patrício, do PT. Ele foi citado por 8,1% dos entrevistados. Próximo desse índice, outro deputado petista, Chico Leite, foi mencionado por 7,4%.
Todos os outros parlamentares citados ficaram com índices significativamente menores. Eliana Pedrosa (DEM), Chico Vigilante (PT) e Raad Massouh (DEM) conseguiram índices acima dos 3%. As duas deputadas que se assumem como de oposição de maneira mais contundente, Celina Leão (PMN) e Liliane Roriz (PRTB) ficaram com menos de 1%.
O estudo é uma parceria dos Instituto Dados com o Grupo Comunidade de Comunicação. A pesquisa foi realizada entre 2 e 6 de abril e ouviu 3.000 eleitores em todo o DF. A margem de erro é de 2,53 pontos percentuais. Essa é a primeira pesquisa de uma série que o Grupo Comunidade e o Instituto Dados farão para analisar o Executivo, suas ações, o trabalho no Legislativo e a opinião do brasiliense sobre temas importantes da cidade como transporte, saúde, educação, Copa do Mundo entre outros.
A pesquisa também aponta que não há grandes diferenças nas diferentes regiões do DF, nem entre as variadas faixas de renda e etária. Com pequenas variações entre uma mostra e outra, a avaliação como regular se repete em todas. Também surge uma tendência uniforme na avaliação bom e ótimo serem um pouco superiores aos de ruim e péssimo.
O levantamento também confirmou o que vinha sendo apontado há tempos pelos então candidatos ao governo durante a campanha eleitoral de 2010, e que foi tema preponderante da disputa eleitoral: a saúde é disparado a principal preocupação da população. Nada menos que 69,8% da população consideram que esse é o principal problema de Brasília e deve ser a área prioritária a ser atacada pelo governo. A preocupação com a segurança foi a segunda mais citada, ficando com um distante 9,5% de pessoas que consideram esse o principal problema, bem abaixo do primeiro.
Em seguida, vêm dois temas que também foram bastante mencionados na campanha e que são problemas crônicos da cidade: transporte e educação. Os dois ficaram bem próximos, como terceiro e quarto mais citados. O transporte foi lembrado por 5,9% dos entrevistados, ao passo que a educação, principalmente em relação a escolas e creches, foi lembrado por 5,4%.
Como um reflexo disso, a população não aprova a atuação do governo especificamente na saúde. Quando perguntados que nota dariam, 40,4% deram a nota mínima, ou seja, 1. Somando as pessoas que deram nota entre 6 e 10, o resultado é apenas 14%. O governador Agnelo Queiroz afirma que isso é um resultado natural, pois, por mais que tenha havido avanços na questão, a atuação do GDF foi mais defensiva, e as áreas estratégicas estão sendo trabalhadas com bases sólidas, para terem efeito prolongado e duradouro - ver entrevista com Agnelo Queiroz nas páginas 4 e 5.
A atuação no governo é bem melhor avaliada em outras áreas, como educação, onde 26,7% dos entrevistados deram nota entre 6 e 10, ou segurança, onde 24,5% também deram alguma nota entre 6 e 10. Todas as outras áreas avaliadas - urbanização, saneamento, comunicação, infraestrutura e esporte -, a quantidade de entrevistados que deu entre 6 e 10 passou dos 30%.
A percepção local de cada comunidade, porém, aponta para outra direção. Diferentemente de quando perguntado sobre o principal problema do DF, quando o questionamento foi sobre o principal problema na região onde o entrevistado mora, a área que vem em primeiro foi segurança. 32,9% das pessoas entrevistadas afirmaram que a segurança era sua maior preocupação local. A saúde, dessa vez, vem em segundo lugar, aparecendo com 24,7%. O terceiro problema mais citado foi o transporte, com 11,7% de menções. Em seguida aparecem educação, infraestrutura, saneamento básico e urbanização, todos acima dos 3%.
Quem cuida de cada pedaço
Outro índice significativo foi o de pessoas que afirmaram desconhecer quem são os administradores regionais do Distrito Federal. Ainda que esteja mais próximo da população por ter uma atuação localizada, 80,3% dos brasilienses não conhecem seu administrador regional. O índice é menor do que o de pessoas que não sabem quem compõe o secretariado e pode ser um reflexo também do pouco tempo de governo.
Entre os que afirmaram saber o nome do administrador regional, quando perguntados então o nome do titular do posto, apenas 34,5% souberam responder corretamente. 18,6% dos entrevistados deram um palpite errado, enquanto 46,9% sequer tentaram responder.
Uma equipe
O mais conhecido deles é, também, tido como um dos homens fortes do governo e eleito com expressiva votação para deputado federal. Titular da Secretaria de Governo, Paulo Tadeu (PT) foi lembrado por 23,6% dos entrevistados. Em seguida, outro deputado federal eleito, e logo em seu primeiro pleito, o secretário de Obras Luiz Pitiman (PMDB) foi citado por 10,8% dos entrevistados. Depois deles, outros três parlamentares também eleitos foram lembrados: Alírio Neto (Justiça - PPS), com 9,5%, Geraldo Magela (Habitação - PT), com 6,8% e Arlete Sampaio (Ação Social - PT), citada por 3,4%.
Atuação da Câmara Legislativa
Outra avaliação foi sobre a atuação da Câmara Legislativa do DF. Usando o mesmo critério que a avaliação de governo, a Câmara obteve um índice de reprovação de 34,5%. Essa porcentagem de pessoas acham que a atuação da Câmara nesse início de legislatura foi péssima ou ruim. Já o índice de aprovação em relação a atuação parlamentar local regular, boa ou ótima foi de 55,6%.
Entre os entrevistados, pelo Dados 69,8% afirmaram não saber quem são os deputados distritais. 19,9% dizem que conhecem os integrantes da Câmara. O deputado mais lembrado do Legislativo local nesse estudo foi justamente o presidente da Casa, deputado Patrício, do PT. Ele foi citado por 8,1% dos entrevistados. Próximo desse índice, outro deputado petista, Chico Leite, foi mencionado por 7,4%.
Todos os outros parlamentares citados ficaram com índices significativamente menores. Eliana Pedrosa (DEM), Chico Vigilante (PT) e Raad Massouh (DEM) conseguiram índices acima dos 3%. As duas deputadas que se assumem como de oposição de maneira mais contundente, Celina Leão (PMN) e Liliane Roriz (PRTB) ficaram com menos de 1%.
Agnelo escalou mensaleiro para cuidar dos aliados
Existem algumas coisas curiosas acontecendo na Câmara Legislativa do DF. De um lado, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) dispara toda a munição possível contra a deputada distrital novata e inexperiente Celina Leão (PMN). Já se falou até em uma “campanha” para tomar-lhe o mandato. Um exagero, claro.
Do outro lado, o governador Agnelo Queiroz (PT) escalou o ex-presidente do PT e mensaleiro Wilmar Lacerda para ser o secretário de Assuntos Parlamentares, um interlocutor do governo com a Câmara Legislativa. É bom lembrar que um dos discursos do novo governo era de que os auxiliares teriam que ter ficha limpa. Pelo visto, no caso da Câmara, não vale o critério.
Não se pode perder de vista que alguns parlamentares perderam o mandato em função de estarem envolvidos com o mensalão do DEM. Até parece que o tratamento com os mensaleiros petistas é diferente.No caso do ex-presidente do PT, Wilmar Lacerda, ele prestou depoimento na Polícia Federal no dia 5 de agosto de 2005. Ele integra a lista de sacadores - teria feito cinco saques no total de R$ 235 mil.
Ao chegar para depor na PF, Wilmar Lacerda confirmou à imprensa que fez um saque de R$ 50 mil das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do "mensalão", na agência do Banco Rural. Segundo Lacerda, o saque foi feito a pedido do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Lacerda disse ainda que o dinheiro sacado no Banco Rural foi usado para pagar dívidas do PT-DF.
Do outro lado, o governador Agnelo Queiroz (PT) escalou o ex-presidente do PT e mensaleiro Wilmar Lacerda para ser o secretário de Assuntos Parlamentares, um interlocutor do governo com a Câmara Legislativa. É bom lembrar que um dos discursos do novo governo era de que os auxiliares teriam que ter ficha limpa. Pelo visto, no caso da Câmara, não vale o critério.
Não se pode perder de vista que alguns parlamentares perderam o mandato em função de estarem envolvidos com o mensalão do DEM. Até parece que o tratamento com os mensaleiros petistas é diferente.No caso do ex-presidente do PT, Wilmar Lacerda, ele prestou depoimento na Polícia Federal no dia 5 de agosto de 2005. Ele integra a lista de sacadores - teria feito cinco saques no total de R$ 235 mil.
Ao chegar para depor na PF, Wilmar Lacerda confirmou à imprensa que fez um saque de R$ 50 mil das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do "mensalão", na agência do Banco Rural. Segundo Lacerda, o saque foi feito a pedido do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Lacerda disse ainda que o dinheiro sacado no Banco Rural foi usado para pagar dívidas do PT-DF.
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