segunda-feira, 21 de março de 2011

Em nota, Celina reclama de denuncismo

A deputada Celina Leão (PMN) divulgou nota em resposta às denúncias divulgadas neste domingo pelo Correio Braziliense. Para a distrital, Brasília está sob uma onda de denuncismo. Confira o comunicado:
Venho por intermédio desta destacar a onda de denuncismo que se instalou em Brasília e que de forma covarde tenta levar meu nome e minha integridade para o foco de histórias sem nenhuma verdade.
Não tenho nem nunca tive envolvimento com a empresa Entec Engenharia e Consultoria LTDA. Não sou proprietária nem sócia da Entec, não sendo assim, responsável por qualquer ação da empresa.
Ressalto ainda que desde que assumi o mandato como deputada distrital, não tenho em meu gabinete nenhum parente nomeado assim como nenhum servidor que não exerça as funções para qual tenha sido contratado.
Por fim, a tentativa de desqualificar e calar meu discurso não surtirão efeitos. Meus eleitores podem ter a certeza de que quanto mais agredida, mais duramente defenderei os princípios éticos que me fizeram chegar à Câmara Legislativa do Distrito Federal.”

quinta-feira, 17 de março de 2011

Celina Leão diz ter sido abadonada em sua campanha para distrital pelo grupo Roriz e comenta os videos da sua colega Jaqueline roriz

Depois de Liliane Roriz (PRTB), nesta quinta-feira (17) foi a vez deputada distrital Celina Leão (PMN) fazer seu pronunciamento sobre as denúncias divulgadas contra sua ex-chefe, amiga e correligionária, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN). No discurso, Celina afirmou que não negaria seu passado e que sempre esteve ao lado da família Roriz, inclusive quando muitos debandaram durante a campanha de Weslian. Mas declarou que foi abandonada ao longo de sua campanha para distrital. E que, apesar de ter sido coordenadora política de Jaqueline em seu mandato na Câmara Legislativa, nunca recebeu nem um centavo de Durval Barbosa.
A distrital questionou ainda o tratamento que vem sendo dispensado pela mídia e pelos políticos da cidade a Jaqueline. “O financiamento de campanha de Jaqueline Roriz foi gravado. E os que não foram gravados?”. E pediu o fim da ameaça constante de revelação de novas gravações. “Chega de falar em vídeos de parlamentares e até do governador. Precisamos fazer com que Brasília ande”, declarou.

Esquema teria ajudado líderes do DEM

Da Veja Online: José Roberto Arruda foi expulso do DEM, perdeu o mandato de governador e passou dois meses encarcerado na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, depois de realizada a Operação Caixa de Pandora, que descobriu uma esquema de arrecadação e distribuição de propina na capital do país. Filmado recebendo 50 mil reais de Durval Barbosa, o operador que gravou os vídeos de corrupção, Arruda admite que errou gravemente, mas pondera que nada fez de diferente da maioria dos políticos brasileiros: “Dancei a música que tocava no baile”.
Em entrevista a VEJA, o ex-governador parte para o contra-ataque contra ex-colegas de partido. Acusa-os de receber recursos da quadrilha que atuava no DF. E sugere que o dinheiro era ilegal. Entre os beneficiários estariam o atual presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), e o líder da legenda no Senado, Demóstenes Torres (GO). A seguir, os principais trechos da entrevista:
O senhor é corrupto?
Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira. As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso. É preciso de muito dinheiro para aparecer bem no programa de TV. E as campanhas se reduziram a isso.
O senhor ajudou políticos do seu ex-partido, o DEM?
Assim que veio a público o meu caso, as mesmas pessoas que me bajulavam e recebiam a minha ajuda foram à imprensa dar declarações me enxovalhando. Não quiseram nem me ouvir. Pessoas que se beneficiaram largamente do meu mandato. Grande parte dos que receberam ajuda minha comportaram-se como vestais paridas. Foram desleais comigo.
Como o senhor ajudou o partido?
Eu era o único governador do DEM. Recebia pedidos de todos os estados. Todos os pedidos eu procurei atender. E atendi dos pequenos favores aos financiamentos de campanha. Ajudei todos.
O que senhor quer dizer com “pequenos favores”?
Nomear afilhados políticos, conseguir avião para viagens, pagar programas de TV, receber empresários.
E o financiamento?
Deixo claro: todas as ajudas foram para o partido, com financiamento de campanha ou propaganda de TV. Tudo sempre feito com o aval do deputado Rodrigo Maia (então presidente do DEM).
De que modo o senhor conseguia o dinheiro?
Como governador, tinha um excelente relacionamento com os grandes empresários. Usei essa influência para ajudar meu partido, nunca em proveito próprio. Pedia ajuda a esses empresários: “Dizia: ‘Olha, você sabe que eu nunca pedi propina, mas preciso de tal favor para o partido’”. Eles sempre ajudaram. Fiz o que todas as lideranças políticas fazem. Era minha obrigação como único governador eleito do DEM.
Esse dinheiro era declarado?
Isso somente o presidente do partido pode responder. Se era oficialmente ou não, é um problema do DEM. Eu não entrava em minúcias. Não acompanhava os detalhes, não pegava em dinheiro. Encaminhava à liderança que havia feito o pedido.
Quais líderes do partido foram hipócritas no seu caso?
A maioria. Os senadores Demóstenes Torres e José Agripino Maia, por exemplo, não hesitaram em me esculhambar. Via aquilo na TV e achava engraçado: até outro dia batiam à minha porta pedindo ajuda! Em 2008, o senador Agripino veio à minha casa pedir 150 mil reais para a campanha da sua candidata à prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV). Eu ajudei, e até a Micarla veio aqui me agradecer depois de eleita. O senador Demóstenes me procurou certa vez, pedindo que eu contratasse no governo uma empresa de cobrança de contas atrasadas. O deputado Ronaldo Caiado, outro que foi implacável comigo, levou-me um empresário do setor de transportes, que queria conseguir linhas em Brasília.
O senhor ajudou mais algum deputado?
O próprio Rodrigo Maia, claro. Consegui recursos para a candidata à prefeita dele e do Cesar Maia no Rio, em 2008. Também obtive doações para a candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador.
Mais algum?
Foram muitos, não me lembro de cabeça. Os que eu não ajudei, o Kassab (prefeito de São Paulo, também do DEM) ajudou. É assim que funciona. Esse é o problema da lógica financeira das campanhas, que afeta todos os políticos, sejam honestos ou não.
Por exemplo?
Ajudei dois dos políticos mais decentes que conheço. No final de 2009, fui convidado para um jantar na casa do senador Marco Maciel. Estávamos eu, o ex-ministro da Fazenda Gustavo Krause e o Kassab. Krause explicou que, para fazer a pré-campanha de Marco Maciel, era preciso 150 mil reais por mês. Eu e Kassab, portanto, nos comprometemos a conseguir, cada um, 75 mil reais por mês. Alguém duvida da honestidade do Marco Maciel? Claro que não. Mas ele precisa se eleger. O senador Cristovam Buarque, do PDT, que eu conheço há décadas, um dos homens mais honestos do Brasil, saiu de sua campanha presidencial, em 2006, com dívidas enormes. Ele pediu e eu ajudei.
Então o senhor também ajudou políticos de outros partidos?
Claro. Por amizade e laços antigos, como no caso do PSDB, partido no qual fui líder do Congresso no governo FHC, e por conveniências regionais, como no caso do PT de Goiás, que me apoiava no entorno de Brasília. No caso do PSDB, a ajuda também foi nacional. Ajudei o PSDB sempre que o senador Sérgio Guerra, presidente do partido, me pediu. E também por meio de Eduardo Jorge, com quem tenho boas relações. Fazia de coração, com a melhor das intenções

quarta-feira, 16 de março de 2011

Fim de salários extras tem 17 votos favoráveis

Levantamento do projeto Adote um Distrital junto aos 24 deputados distritais mostrou que 17 parlamentares afirmaram ser favoráveis ao projeto de lei que extingue o pagamento dos salários extras na Câmara Legislativa. O número é suficiente para colocar em votação e aprovar a proposta. Outros cinco parlamentares - Benício Tavares (PMDB), Chico Vigilante (PT), Eliana Pedrosa (DEM), Evandro Garla (PRB) e Roney Nemer (PMDB) - disseram ainda não ter opinião formada sobre o assunto. Somente dois deputados admitiram ser contrários à proposta: Aylton Gomes (PR) e Benedito Domingos (PP). O projeto, de iniciativa do deputado democrata Raad Massouh, prevê o fim do pagamento do 14º e 15º salários aos deputados distritais. Apesar de, aparentemente, ter 17 votos favoráveis na Casa, a proposta não tem data para ir a plenário. Alguns distritais, inclusive, trabalham para que ela nunca chegue a ser votada.

Vídeo meu não há

A deputada distrital Liliane Roriz (PRTB) subiu à tribuna do plenário da Câmara Legislativa nesta terça-feira (15) para um pronunciamento sobre as denúncias que envolvem sua irmã, a deputada federal Jaqueline Rori (PMN). Liliane supreendeu aliados e adversários ao pedir uma investigação ampla sobre o caso. “É preciso que se apure a corrupção e os deslizes em todos os campos, seja o dos amigos ou de adversários”, discursou.
Liliane também questionou a existência de mais vídeos e,caso realmente existam, por que ainda não foram divulgados. “Como todos sabem, o próprio delator do esquema, o ex-secretário Durval Barbosa, afirma que há vários outros filmes a serem divulgados. Agora eu pergunto: onde estão esses vídeos? Por que não são revelados? Quem mais foi gravado e está sendo poupado? Uma coisa eu posso garantir: vídeo meu não há”, afirmou.
O pronunciamento de Liliane foi seguido por inúmeros outros de deputados presentes na sessão. O líder do governo na Casa, Wasny de Roure (PT) considerou importante o posicionamento de Liliane e cobrou da Casa uma posição mais firme quanto ao caso. “Hoje era para termos tido uma sessão produtiva, com votação, afinal, viemos de um recesso de carnaval. Mas os deputados sumiram. Isso me parece sintomático”, avaliou. O líder também questionou a situação de delação premiada de Durval Barbosa. “A cidade não pode viver sob a ameaça de novos vídeos eternamente. É preciso que tudo seja divulgado de uma vez”, argumentou.
A pressão pelo fim da delação premiada ou a divulgação de todos os vídeos de uma vez por todas foi consenso entre os distritais presentes. “Se fosse eu o chefe da investigação, todos as gravações já teriam sido divulgadas”, assegurou o vice-presidente da Casa, Dr. Michel (PSL).