terça-feira, 16 de novembro de 2010

Fraga e Adelmir disputam o comando do partido, visando a eleição de 2014

Os ventos não favoreceram o DEM-DF e o partido saiu enfraquecido da disputa eleitoral. Nomes de peso da legenda ficarão sem mandato nos próximos quatro anos, mas o embate pela presidência regional – cuja eleição não tem data e precisa ser decidida pela Executiva Nacional – já começou. Em cantos opostos do ringue estão o senador Adelmir Santana e o deputado federal Alberto Fraga, ambos derrotados nas urnas em outubro.

Embora não seja declarada oficialmente a luta entre os dois, uma cordial desavença já é perceptível. Para Fraga, a decisão de quem será o próximo representante do DEM brasilense ficará a cargo da Executiva da legenda, mas deixa claro que só permanecerá no partido caso obtenha uma posição de destaque.

"O Adelmir Santana é senador, foi candidato, mas não obteve êxito. Agora, eu tive 511 mil votos e qualquer pessoa pode entender o que significa isso", afirmou Fraga, ao lembrar que pretende fazer uma depuração no DEM caso chegue à presidência.

O ex-secretário de Transportes do DF garante que não fará qualquer tipo de disputa com o senador. "Se o partido achar que ele tem mais identidade, deve dar a presidência a ele".

Fraga ainda mostra insatisfação pelo fato do DEM não ter lançado um nome para concorrer ao Palácio do Buriti e reclama da postura dos colegas durante a disputa eleitoral. "Os nossos candidatos a deputado federal e distrital não pediam votos para o senador do partido deles. O respeito que eu tive com eles eu não recebi".

Aparentemente, Adelmir Santana demonstra certa despreocupação quanto ao assunto. Ele   também atribui à direção do partido a escolha do próximo presidente no DF. "A minha chegada à presidência foi em um momento de crise e por uma decisão da direção nacional. Não me envaideço por isso", observa.

Patrício é o mais cotado para assumir a presidência da Câmara Legislativa

De uma reunião marcada para esta manhã dos deputados distritais eleitos do PT pode surgir o nome da bancada para a disputa pela Presidência da Câmara Legislativa. Se o tom da conversa for de entendimento, Cabo Patrício deverá ser anunciado como o candidato da legenda para início de negociações com os demais partidos da futura base governista. Atual vice-presidente da Casa, Patrício tem apoio externo para sagrar-se vitorioso. Ele é o preferido do governador eleito, Agnelo Queiroz, e conta com a simpatia do vice, Tadeu Filippelli (PMDB).

Outros três distritais eleitos do PT se apresentam como concorrentes: Arlete Sampaio, Chico Leite e Chico Vigilante. Entre os cinco petistas que deverão tomar posse em 1º de janeiro de 2011, apenas Wasny de Roure não demonstrou disposição para entrar no páreo. Todos sabem, no entanto, que o apoio de Agnelo é decisivo e Patrício está em vantagem por conta disso. Ele ainda reúne votos de outros integrantes de partidos da coligação Um Novo Caminho, que derrotou o rorizismo em 31 de outubro. Por causa da experiência parlamentar, Patrício mantém um bom diálogo e afinidade com colegas reeleitos, como Benício Tavares (PMDB), Rôney Nemer (PMDB), Cristiano Araújo (PTB) e Alírio Neto (PPS).

Vence a eleição quem conseguir maioria simples, mas a conta não é tão fácil de alcançar. O nome escolhido pela bancada do PT sai na frente com cinco dos 24 deputados. Mas um parlamentar dissidente da base governista pode conquistar aliados na oposição ou entre independentes. A eleição do novo presidente da Câmara é o primeiro teste político de Agnelo. Ele só conseguirá emplacar o deputado de sua escolha se satisfizer os aliados na configuração do novo governo. Caso isso não ocorra, a chance de uma mudança de rumo na última hora é possível.

Jogo de barganha
Agnelo anunciará a composição do Executivo até 20 de dezembro. Os deputados terão, a partir daí, 10 dias para discutir a formação da Mesa Diretora da Câmara. Quem não estiver contemplado no governo poderá se rebelar. É o jogo da barganha política que sempre houve no relacionamento entre deputados e o chefe do Executivo. Na base de Agnelo, já há insatisfações. Até agora, o governador eleito fez pelo menos três reuniões com a bancada petista e também esteve na Câmara Legislativa para discutir a aprovação do Projeto de Lei Orçamentária Anual, mas ainda não se sentou com cada deputado para tratar de cargos. O futuro governador optou por priorizar a negociação diretamente com os presidentes de partidos. Essa estratégia incomoda parlamentares que não se sentem representados pela cúpula de suas legendas.

Mesmo na bancada do PT, há insatisfações a serem debeladas. Arlete Sampaio e Chico Leite estão abertos a negociações para ingresso no GDF. A ex-vice-governadora é lembrada como possível secretária de Saúde ou de Desenvolvimento Social, para trabalhar numa área em que atuou nos últimos três anos como secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Chico Leite é apontado como possível secretário de Justiça e Cidadania, pelo perfil. Ele é da carreira do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), de onde se licenciou em 2002 para concorrer a mandato na Câmara Legislativa.

Líder do governo
Vigilante também se apresenta como concorrente a presidente da Câmara Legislativa, mas tem uma postura importante para o governador eleito. O petista deverá defender medidas consideradas necessárias pela nova administração, rebater críticas e atacar adversários, quando necessário. É um nome cotado como líder do governo no Legislativo. A escolha desse cargo também poderá ser discutida na reunião da bancada petista nesta manhã. O encontro deverá ocorrer às 11h na casa de Arlete. Os deputados deverão sair da reunião com uma carta de intenções, em que vão apontar diretrizes para o comando da Câmara nos próximos dois anos. Entre as prioridades estão a reorganização dos cargos comissionados na estrutura da Casa e a transparência na discussão de projetos. Será a primeira vez em 12 anos que petistas se tornarão vidraça.

Além do PT, no entanto, Agnelo precisa atender os demais partidos aliados, principalmente os que tiveram papel fundamental na eleição, como PMDB, PSB e PDT. Nessa negociação, Tadeu Filippelli vai desempenhar papel importante. Ele pode exercer influência sobre votos de deputados eleitos, como Benício, Rôney, Wellington Luís (PSC), Aylton Gomes (PR), Celina Leão (PMN) e Olair Francisco (PTdoB).

Alírio cotado para líder de governo

Do Jornal de Brasília: Cresce a tendência para que o novo líder do Governo na Câmara Legislativa seja um não-petista. A decisão não seria de se estranhar. Afinal, dentre os cinco petistas já sairá o próximo presidente da Câmara, Cabo Patrício, e evidentemente o futuro líder da bancada, ao que tudo indica o deputado Chico Vigilante, que retorna à Câmara após quatro anos. Caso o líder do governo também seja um integrante da bancada haveria mais caciques do que índios no pedaço.
Caso se confirme essa alternativa - que não precisa de definição imediata, ao contrário da presidência da Mesa - a escolha ficará restrita a poucos nomes. O perfil do novo líder é conhecido. Precisa ser alguém com diálogo na Câmara e afinado com o governador eleito. Também deve ter ficha limpa, atendendo a compromisso assumido por Agnelo Queiroz ainda em campanha. Tem gente achando que só o reeleito Alírio Neto atende a todas essas exigências. Nos últimos tempos, a propósito, Alírio tem estado submerso.
Alírio conta com um trunfo a mais. Pertencendo ao PPS, que não só apoiava José Serra, mas também proibia que qualquer seção regional se coligasse com o PT, o deputado foi um dos líderes do movimento que forçou o apoio a Agnelo e a aliança na chapa federal. Ao lado do deputado federal Augusto Carvalho, Alírio não só fez prevalecer essa posição como convenceu a direção nacional do partido a abrir uma exceção para o Distrito Federal.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Menor é acusado de matar vizinho após discussão

Após uma discussão, um menor, de 17 anos, acabou matando um vizinho. O crime aconteceu na noite desta quarta-feira (11), na quadra 58, em Brazlândia. De acordo com a família, o menor só atirou na vítima para se defender.


O adolescente estava em casa com a família, quando Ednaldo dos Santos de Oliveira, 42 anos, foi até sua casa. Após uma discussão, o menor atirou contra Ednaldo, que não sobreviveu. De acordo com a família do acusado, a vítima estaria ameaçando ele.


A mãe do adolescente informou que ele só se entregará quando estiver em companhia de um advogado. Ele não tem passagem pela polícia. No entanto, foi encontrado uma munição calibre .38 e três calibre .40.  A 18º Delegacia de Polícia investiga o caso.

GDF regulariza mais nove condomínios nas regiões de Sobradinho e Lago Sul

O Diário Oficial do DF desta sexta-feira (12) vai trazer a publicação dos decretos de regularização de nove condomínios nas regiões de Sobradinho e Lago Sul. Eles ficam localizados nos setores habitacionais Jardim Botânico (Lago Sul I), Contagem (Jardim América, Jardim Ipanema e Meus Sonhos), Boa Vista (Bianca e Vivendas Serrana), Dom Bosco (Villages Alvorada, na QL 32), Mansões Sobradinho (Serra Azul) e Alto da Boa Vista (Condomínio Alto da Boa Vista). A medida vai beneficiar cerca de 15 mil moradores que vivem nestes parcelamentos, criados em áreas particulares. Também serão publicados decretos de aprovação dos parcelamentos das QI e QL 30, no Lago Sul, ainda não implantados.

Com as novas regularizações, chega a 13 o número de condomínios aprovados pelo governo de abril deste ano até agora. De acordo com a vice-governadora Ivelise Longhi, que coordena a área de habitação no GDF, a publicação dos decretos foi definida a partir de avaliações técnicas criteriosas dos projetos urbanísticos e ambientais realizadas pelo Grupo de Regularização dos Condomínios (Grupar). Criado em 2007 para acelerar o processo de legalização de parcelamentos irregulares, o grupo reúne especialistas de vários órgãos do GDF envolvidos com o tema.

Para Ivelise, o objetivo do governo é garantir agilidade na análise dos processos de regularização sem prejuízo ao rigor nas avaliações técnicas. “Desta forma estamos garantindo o crescimento ordenado do DF e a tranquilidade destes moradores”, avaliou a vice-governadora. De acordo com Ivelise, a avaliação de outros sete condomínios na região do Tororó deve ser concluída nos próximos dias.

A publicação destes decretos é um dos últimos passos a serem dados em processos de regularização de parcelamentos. Após o parecer do Grupar autorizando a regularização dos loteamentos, o governador Rogério Rosso assina os decretos e aprova a legalização. Os responsáveis por cada condomínio podem, em seguida, registrá-los em cartório. Há atualmente 513 condomínios no DF, onde vivem aproximadamente 500 mil pessoas.