Apesar
de as chances serem pequenas, apostadores confiam em jogos pequenos e em poucas
cartelas na corrida pela bolada milionária. O sorteio da terceira maior
premiação da história dos concursos ocorrerá hoje à noite em São Paulo
Transformar o mínimo em máximo. O sonho pode
parecer distante, mas nem por isso é impossível para quem acredita que seis
números serão suficientes para levar a bolada de R$ 170 milhões da Mega-Sena. É
o terceiro maior prêmio da história dos concursos regulares e será sorteado
hoje, às 20h, em São Paulo. A menor aposta possível sai a R$ 3,50, e a
probabilidade de uma pessoa ganhar é de uma em 50.063.830. Investir em bolões aumenta
as chances: um jogo de 15 dezenas sai a R$ 17.517,50, e a probabilidade de
vitória aumenta para uma em 10 mil.
Ainda assim, alguns preferem os jogos pequenos.
É o caso da funcionária pública Bruna Regina Aguiar, 37 anos. Ontem, ela
aproveitou o horário de almoço para preencher uma cartela para ela e uma para a
mãe. “Eu não sou muito de apostar, mas ela gosta, sempre quer participar”,
conta Bruna. Ela admite ter pouca chance de sair vitoriosa, mas, caso aconteça,
usará o dinheiro para pagar o tratamento de saúde da mãe, que tem artrite e
dores na coluna. “Como ela está com esses problemas, deixa a sequência montada,
e eu faço a aposta. Ela olha placa de carro, pega a idade do meu filho e vai
montando a sequência de números”, conta.
José Pereira gastou mais de R$ 100 em apostas: "Quero dar uma casa para a minha filha, que mora de aluguel, pagar a faculdade das minhas netas"(foto: Ed Alves/CB/D.A Press) |
O aposentado Ramiro Rosa, 66, também ficou de fora da “fezinha” dos amigos. “Eu faço o meu jogo porque é nele que confio. Tem de ter estratégia”, afirma. Ele gastou R$ 14 em 24 números e reconhece que é preciso estudar para ter alguma chance. “Se em um sorteio só tem número par, isso não vai acontecer mais no próximo; então, não pode repetir. E não existe número da sorte, isso é ilusão”, atesta.
Depois de acertar três números no último
sorteio, ele acredita que está cada vez mais perto da grande conquista. Morador
de Samambaia, sonha em usar o prêmio para a caridade. “Quero apoiar creches de
criancinhas e abrigos de animais. Também ajudaria o ex-namorado da minha filha,
que está doente, e daria uma casa ao meu filho, que mora na Cidade Estrutural.
Depois, eu pago as minhas contas, vejo o que faria para mim”, diz.