Ex-presidente
é acusado de associação criminosa e obstrução de Justiça
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(foto: Evaristo Sa/AFP) |
O Ministério Público Federal em Brasília
solicitou, nesta quarta-feira (10/4), o fatiamento de uma denúncia apresentada
pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Michel
Temer.
Em manifestação enviada à Justiça Federal do
Distrito Federal, os procuradores solicitam que sejam separadas em ações
diferentes duas acusações que foram apresentadas contra o emedebista.
O ex-chefe do Executivo é acusado de associação
criminosa e obstrução de Justiça. A nova manifestação é um reforço das
acusações imputadas a Temer em decorrência da mudança de instância da
investigação.
Temer foi denunciado pelo procurador Rodrigo
Janot, que chefiava o MPF em 2017. Na época, como o investigado ocupava o cargo
de presidente da República, a denúncia foi enviada ao Supremo Tribunal Federal
(STF) e submetida a análise da Câmara. Como os parlamentares rejeitaram a
denúncia, o caso foi arquivado até que ele deixasse o cargo. Com o fim do
mandato, a investigação foi enviada para a Justiça Federal de Brasília. Os
procuradores do DF confirmaram todas as acusações feitas por Janot,
procedimento que era necessário para a continuidade das
diligências.
Temer é acusado de associação criminosa e de
obstrução de Justiça por supostamente tentar comprar o silêncio do
ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele nega que tenha tentado comprar o
silêncio do ex-deputado ou que tenha tentado interferir nas investigações. As
acusações também envolvem os ex-ministros Eliseu Padilha, que ocupou a Casa
Civil e Moreira Franco, que chefiou a Secretaria Geral da Presidência.
Fonte: Correio Braziliense