Empresária
alega ter contratado o parlamentar para fazer um show na Festa do Orgulho Gay
de Brasília. Frota teria recebido R$ 2 mil reais adiantados, mas faltado ao
evento
(foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados) |
Uma empresária que organiza festas gays em
Brasília tenta bloquear na Justiça parte do salário do deputado Alexandre Frota
(PSL-SP) por suposto calote em evento de 2006. Nice Pereira alega ter
contratado o parlamentar, que, à época, atuava como ator pornô, para fazer um
show na Festa do Orgulho Gay de Brasília. Segundo a empresária, Frota recebeu
R$ 2 mil reais adiantados, mas não apareceu no compromisso.
As informações são do colunista Guilherme Amado,
da Revista Época, e foram confirmadas pelo Correio com o
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que enviou
ofício à Câmara no mês passado pedindo informações sobre o salário de Frota
como parlamentar. Nem o deputado nem qualquer
advogado dele se manifestaram
neste caso. O jornal tentou entrar em contato com a assessoria de Alexandre
Frota, mas a equipe não atendeu às ligações.
A peça, de número 2007.01.1.097.268-2, pede R$
41.522,10 em indenizações. Frota foi condenado pela Justiça a pagar R$ 30 mil
por danos materiais mas, segundo a defesa, a Justiça teve dificuldade em
encontrá-lo. O deputado mudou de endereço e de emprego diversas vezes. O valor
estabelecido pelo tribunal foi corrigido e já ultrapassa R$ 80 mil.
Salário
retido
O caso voltou à tona depois que Alexandre Frota
tomou posse como deputado. Nice, que é proprietária da Agita Produções e
Promoções de Eventos Culturais Ltda, achou que receberia os dividendos e
conseguiria encerrar o caso. Mas em resposta ao ofício do TJDFT, a Câmara
afirma que 30% do salário de Frota é retido na fonte devido a uma condenação
judicial de São Paulo. O parlamentar tem, ainda, uma dívida no Banco Econômico.
À coluna da Época, Nice disse que não vai
desistir do prejuízo e afirmou que, se necessário, vai recorrer ao Supremo
Tribunal de Justiça (STF) para resolver a questão. O Correio tentou
contato com o advogado dela, André Filgueiras Noschese Guerato, mas ele não foi
encontrado no escritório em que trabalha.
Fonte: Correio Braziliense