O
debate central será norteado pela reforma da Previdência
Presidente do DEM, ACM Neto nega intenção de pedir cargos no governo(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press ) |
De volta ao Brasil após visita a Israel, o
presidente Jair Bolsonaro chama hoje para si a articulação política. Ciente das
dificuldades no diálogo com o Congresso, o chefe do Palácio do Planalto se
reúne, hoje, com os seis presidentes nacionais do chamado Centrão, bloco dos
partidos majoritários no parlamento. A ideia é apresentar com clareza as pautas
prioritárias e pedir apoio para a votação e a aprovação da agenda governista. O
debate central será norteado pela reforma da Previdência.
A agenda começa às 8h30 em reuniões separadas.
Pela manhã, serão recebidos os presidentes do PRB, o deputado federal Marcos
Pereira (SP); do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab; do PSDB, o
ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin; e do PP, o senador Ciro Nogueira
(PI). No início da tarde, Bolsonaro almoçará com o presidente do DEM, ACM Neto,
prefeito de Salvador. Depois, se reunirá com o presidente do MDB, o ex-senador
Romero Jucá (RR).
Outras reuniões estão agendadas. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável por essa articulação, disse que, entre terça e quarta-feira da semana que vem, Bolsonaro receberá outros cinco presidentes nacionais. O do PSL, deputado Luciano Bivar (PE); o do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP); o do PR, o ex-secretário do Meio Ambiente de São Paulo Tadeu Candelária; e o do Podemos, deputada Renata Abreu (SP).
Outras reuniões estão agendadas. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável por essa articulação, disse que, entre terça e quarta-feira da semana que vem, Bolsonaro receberá outros cinco presidentes nacionais. O do PSL, deputado Luciano Bivar (PE); o do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP); o do PR, o ex-secretário do Meio Ambiente de São Paulo Tadeu Candelária; e o do Podemos, deputada Renata Abreu (SP).
As conversas têm por objetivo definir a construção da base aliada do governo no Congresso a fim de obter apoio para aprovar a reforma da Previdência, conforme explicou Lorenzoni. Com três meses de mandato, o governo, até o momento, conta com apenas o PSL na base de apoio. “É um processo. Uma fórmula baseada no diálogo, com uma construção diferente da registrada nas urnas. Agora, é preciso fazer a boa política e unir todos os brasileiros”, declarou.
É uma resposta do governo às críticas de parlamentares e, sobretudo, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que Bolsonaro não estaria aberto a dialogar com os congressistas. O presidente polemizou nas últimas semanas ao dizer que alguns parlamentares não querem “largar a velha política”, em crítica ao chamado toma lá da cá. As declarações foram recebidas como um ataque ao Congresso. Desde então, a Casa Civil tem se movimentado para construir uma relação mais próxima e um canal de comunicação eficaz. “É preciso dialogar, convidar e abrir a porta. É o que estamos fazendo”, explicou Lorenzoni.
Cargos
O vice-presidente, Hamilton Mourão, defende que
Bolsonaro apresente aos presidentes de partidos os objetivos do governo. “Se
concordarem, gostaríamos que estivessem com a gente nas votações referentes a
isso”, disse. Para ele, essa deve ser a comunicação prioritária. Em segundo
passo, ele avaliou que o presidente pode trabalhar a oferta de cargos a
indicados políticos. “A partir daí, no momento em que os partidos estejam
concordando com o que o governo pretende fazer, é óbvio que eles vão ter algum
tipo de participação, sejam em cargos nos estados, seja algum ministério, algo
do gênero. Mas isso é decisão do presidente”, declarou.
A postura dos presidentes de legendas, contudo, é de negar qualquer diálogo em torno de espaços no governo. “Não há hipótese de eu tratar com o presidente sobre cargos. Havia dito, desde o ano passado, que o DEM não vai sentar para discutir indicação de cargos”, afirmou ACM Neto. Entre os caciques do Centrão, o discurso é de que uma eventual participação dos partidos em um governo que distingue parlamentares entre a “velha” e a “nova” política precisa ser muito bem avaliada.
A postura dos presidentes de legendas, contudo, é de negar qualquer diálogo em torno de espaços no governo. “Não há hipótese de eu tratar com o presidente sobre cargos. Havia dito, desde o ano passado, que o DEM não vai sentar para discutir indicação de cargos”, afirmou ACM Neto. Entre os caciques do Centrão, o discurso é de que uma eventual participação dos partidos em um governo que distingue parlamentares entre a “velha” e a “nova” política precisa ser muito bem avaliada.
Fonte: Correio Braziliense