Presidente do PTB no DF admite a
possibilidade de abandonar o grupo após Cristovam Buarque se reunir com Jofran
Frejat, cabeça de outra chapa
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Alírio Neto, ex-distrital:"Frejat realizava um jogo escondido" (foto: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press ) |
No dia em que deveria anunciar o nome do
pré-candidato ao Palácio do Buriti, o grupo de centro-direita liderado pelo
senador Cristovam Buarque (PPS) enfrentou um mal-estar. A divulgação de um encontro entre o parlamentar e o ex-secretário de
Saúde Jofran Frejat (PR), cabeça de chapa de uma frente distinta e líder em
pesquisas eleitorais, elevou as incertezas da coalização, na qual desejam concorrer
ao GDF o deputado federal Izalci Lucas (PSDB), o empresário Wanderley Tavares
(PRB) e o ex-distrital Alírio Neto (PTB). Depois do anúncio, os integrantes da
composição se reuniram, mas não resolveram as pendências. Outra discussão está
marcada para hoje, quando as lideranças devem definir se permanecem juntas ou
se buscam novas alianças.
Caso a fusão seja confirmada, Alírio Neto
adiantou que vai procurar alternativas, como uma coligação com Eliana Pedrosa
(Pros). Ele classificou o movimento de Cristovam como “um retrocesso”, pois,
meses atrás, os grupos estavam
unidos e se separaram justamente devido ao
impasse sobre o número um da chapa. “Àquela época, não deu certo, porque,
apesar das recorrentes conversas, Frejat realizava um jogo escondido. Enquanto
negociávamos, ele fechou acordo com Tadeu Filippelli (MDB) para disputar o GDF
e deixá-lo indicar o vice”, apontou.
A reunião entre Cristovam e Frejat ocorreu na
casa da empresária Karina Rosso (PSD). Ao fim do encontro, os dois políticos
divulgaram uma nota em conjunto. “Estamos convencidos de que no lugar de ir ou
vir de um lado partidário para outro, o melhor caminho seria um encontro por
Brasília”, dizem, na nota.
No grupo de Frejat, o recebimento do sinal de
aliança foi amistoso. Um dos integrantes, o pré-candidato ao Senado Alberto
Fraga (DEM), entretanto, destacou a necessidade do uso de critérios técnicos
para a definição dos donos das quatro vagas majoritárias — Palácio do Buriti,
vice-governadoria e Senado. “Quem tem voto, tem voto. Tem gente que está no
processo querendo ser protagonista sem ter a expressão necessária para isso.
Temos de trabalhar com a realidade”, afirmou.
Fonte: Correio Braziliense