quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Presidente da Câmara do DF, Celina Leão anuncia saída do PDT

Em junho, ela deixou base aliada de Rolllemberg; destino deve ser o PPS. Saídas de Reguffe e Cristovam do partido foram o motivo, disse à TV Globo.

Presidente da Câmara Legislativa do DF, deputada Celina Leão, que anunciou saída do PDT
(Foto: Carlos Gandra/CLDF/Divulgação)


A presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Celina Leão, anunciou nesta terça-feira (16) à reportagem da TV Globo que vai deixar o PDT. Ela afirma que encaminha filiação ao PPS.

 “Estou anunciando a minha saida oficial do PDT. Eu devo acompanhar o senador Cristovam [Buarque] na filiação ao PPS, e a motivação é muito clara: porque eu fui para o partido a convite dos dois senadores, do Reguffe e do Cristovam. Com a saida dos dois... Eu sempre fui oposição ao governo federal e a gente fica com muito desconforto de permanecer no PDT”.

Em junho do ano passado, Celina deixou a base de apoio do governador Rodrigo Rollemberg. Na ocasião, a parlamentar afirmou que adotaria postura "independente". "Eu peço ao governador do DF que faça uma requalificação de seu governo, que faça o primeiro choque de gestão. Todos os projetos que o governador precisar para cuidar da cidade, ele terá o meu apoio. Mas essa Casa tem se portado de forma
independente. Eu quero ter a liberdade de estar livre, descomprometida de qualquer projeto em que eu tenha dúvidas", disse, à época.

O motivo para deixar o bloco de apoio ao governador foi a manutenção de nomes ligados à gestão anterior em setores do GDF, como a Casa Civil. Celina chegou a dizer que o PT fazia oposição sem deixar os postos.
"O que me deixa brava é você ver essas pessoas descredenciarem esse governador e estarem lá na Casa Civil. Tinham que ter vergonha na cara, pedir exoneração. Se falar que é mentira, eu tenho nomes, eu trouxe as listas", afirmou, sem citar nomes ou cargos específicos.

Durante o pronunciamento, Celina afirmou que o PDT foi "abandonado" pelo governo, embora tenha integrado a coligação na disputa eleitoral. "Os nossos senadores [Reguffe e Cristovam] sequer são consultados. Desde a transição, foi muito bem colocado que o lugar do PDT e do Solidariedade era longe, que o governo seria de técnicos. Temos um governo de técnicos, que não respeita a classe política e não resolve os problemas", disse na ocasião.



Fonte: G1