segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Antes de investigação, Rollemberg exime PM de culpa por fuga na Papuda

O chefe do Executivo local disse que é preciso investigar o que realmente aconteceu antes de apontar os responsáveis

O governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) saiu em defesa da Polícia Militar e considerou que a corporação não teve culpa pela fuga dos 10 presidiários do Complexo Penitenciário da Papuda. O chefe do Executivo local disse que é preciso investigar o que realmente aconteceu antes de apontar os responsáveis. O socialista ainda disse que quem tiver relação com o episódio será punido de forma adequada e comentou que a responsabilidade dos envolvidos no sistema penitenciário é fazer o controle dentro das cadeias.

O subsecretário do Sistema Penitenciário do DF, João Carlos Lóssio, informou que vai instaurar um procedimento administrativo nesta segunda-feira (22/2) para investigar as circunstâncias do episódio, mas descartou qualquer possível facilitador.

A declaração do diretor da Penitenciária I do Distrito Federal, Mauro Cézar Lima, gerou mal-estar dentro da Polícia Militar. Ele alegou que “se PM mantivesse policiais nas guaritas externas do presídio a fuga seria muito dificultada, porque
haveria monitoramento na parte externa”. O delegado alegou que enviou ofícios para a corporação, “mas nada acontece”, e disse ainda que “nas redondezas da penitenciária, as guaritas são 90% desabitadas”.

O secretário de Justiça e Cidadania João Carlos Souto também denunciou que se a PM estivesse nas guaritas externas, isso teria dificultado a fuga.

Por meio de nota, a PM informou que “foi acionada tardiamente pela Secretaria de Justiça e não pode se pronunciar como se deu a fuga dentro do presídio”. Segundo o texto, a corporação só foi acionada às 7h de domingo e “continua à procura dos outros foragidos”.

Segundo o chefe do Centro de Comunicação Social da PM, tenente-coronel Antônio Carlos de Santana, atualmente, policiais militares ocupam pelo menos cinco das 10 guaritas externas do presídio. “Como as outras não tem condições de serem ocupadas, por falta de manutenção, fazemos policiamento com viaturas da corporação e percorremos todo o campo de visão”, garantiu.

“A PM foi acionada quase 5 horas depois que ocorreu o fato. Quando corporação foi convocada, os militares foram imediatamente para as ruas e disponibilizou operações especiais como o Batalhão de Policiamento com cães e Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), para a recaptura dos fugitivos”, disse.  



Fonte: Correio Braziliense