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Governador entregou aos distritais a proposta de Orçamento para 2016 e o pacote contra crise |
O pacote de medidas que o governador
Rodrigo Rollemberg veio propor à Câmara Legislativa para enfrentar a crise
financeira foi o assunto predominante nos pronunciamentos de parlamentares
durante a sessão ordinária desta terça-feira (15). Alguns se mostraram
sensíveis aos apelos do governo enquanto outros reclamaram que as medidas são
tardias, adiantando a disposição de não votar proposições que onerem a
população ou prejudiquem direitos adquiridos pelos servidores.
"Estamos entre a cruz e a espada",
declarou o deputado Agaciel Maia (PTC), avaliando que os deputados podem ser
culpados pelo aprofundamento da crise caso não apoiem o pacote proposto.
"Umas coisas podem ser digeridas, outras não, mas temos que fazer alguma
coisa para reequilibrar o orçamento do DF, fazer com que o setor produtivo se
mova, ou então estaremos optando pela postura do quanto pior, melhor",
disse Maia.
Luzia de Paula (PEN) apoiou a posição do colega:
"Se todos não se derem as mãos, podemos levar a sociedade a uma
convulsão", prognosticou. Júlio César (PRB) demonstrou disposição de
"discutir cada item" no sentido de encontrar saídas que não
prejudiquem o cidadão. O mesmo foi colocado por Raimundo Ribeiro (PSDB).
Wasny de Roure (PT) estranhou que o governo tenha
esperado nove meses para anunciar "que não vai cumprir os acordos firmados
com os servidores". Para ele, as medidas anunciadas "só trarão
inquietação e inconformidade para a população". De Roure também criticou o
fato de o GDF não ter ocupado o
centro administrativo construído em Taguatinga
"alegando falta de mobiliário, enquanto assume contratos de locação de
novos edifícios".
"O governador Rollemberg assumiu criticando o
governo anterior por alegar falta de dinheiro, quando o que havia era falta de
competência e gestão, na sua opinião. Agora digo o mesmo do governo dele. Não
falta dinheiro, o que falta é competência e gestão", disparou Chico
Vigilante (PT). Segundo ele, o DF ainda tem uma capacidade de endividamento
muito grande. Vigilante garantiu que não vota aumento de impostos e que está "do
lado dos servidores".
LRF - Agaciel Maia lembrou que o DF extrapolou o
limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para
comprometimento da receita com a folha salarial dos servidores. "Isso
significa luz vermelha. O governador tem oito meses para tirar o governo dessa
situação, sob o risco de ser acusado de improbidade administrativa",
acrescentou.
Chico Leite (PT) informou que foi ao Tribunal de
Contas indagar "objetiva e concretamente se o Poder Executivo dispõe de
recursos para fazer frente aos seus compromissos". Quando tiver recebido a
resposta, disse que a levará ao plenário para ajudar nos debates sobre o
assunto.
Ricardo Valle (PT) discordou da fusão das
secretarias de Esportes e Educação, alegando a importância dos esportes e o bom
trabalho que vem sendo desenvolvido pela secretária Leila Barros, também
elogiada por Júlio César e Raimundo Ribeiro. Joe Valle (PDT) reclamou que o
governo deveria ter ouvido as entidades da área de agricultura antes de mexer
em órgãos afetos ao setor.
Zínia Araripe - Coordenadoria de Comunicação Social
Fonte:
CLDF