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Reginaldo Veras criticou invisibilidade da violência nas escolas |
Dois casos de violência que aconteceram nos últimos
dias no Distrito Federal e na região do Entorno repercutiram no plenário da
Câmara Legislativa na tarde desta terça-feira (15). Ontem, o deputado Prof.
Reginaldo Veras (PDT) presenciou a morte de um estudante assassinado em plena sala
de aula, no Centro de Ensino Médio 2, de Ceilândia. "Estava dando uma aula
sobre o problema da violência no mundo quando gritos chamaram a atenção dos
meus alunos. Pensei que fosse alguma brincadeira, mas logo descobrimos que um
estudante havia esfaqueado outro na sala ao lado", relatou.
Emocionado, o distrital lamentou a morte do jovem e
parabenizou o trabalho dos professores daquela escola. "Os professores
impediram uma tragédia ainda maior, pois contiveram um grupo que queria linchar
o assassino. Estou em meu nono mês de mandato e já fiz várias reuniões sobre o
problema da
violência nas escolas, inclusive uma audiência pública com muitos
participantes. Mas me parece que esses jovens mortos nas escolas são invisíveis
para a sociedade. Espero alguma medida da Secretaria de Segurança para
melhorarmos a segurança nas escolas. Na verdade, aquele jovem foi morto pela
sociedade brasileira com sua omissão e vista grossa", desabafou.
Intolerância religiosa – O
deputado Cláudio Abrantes (PT) também lembrou outro episódio de violência
ocorrido neste fim de semana, no entorno do DF. "Foram queimados dois
centros religiosos de matriz africana em Santo Antônio do Descoberto e em Águas
Lindas. É um absurdo que ainda exista esse tipo de intolerância no país, que é
certamente o caminho para o crime racial e até mesmo para o terrorismo. As
religiões de matriz africana são preteridas inclusive pelo Estado, pois não
foram beneficiadas pelos vários projetos de regularização de igrejas",
reclamou.
Éder Wen - Coordenadoria de Comunicação Social
Fonte:
CLDF