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Novo presidente diz que vai trabalhar pela preservação das bacias hidrográficas do DF |
A indicação do atual secretário de Ciência,
Tecnologia e Inovação do DF, Paulo Salles, para exercer o cargo de diretor
presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do
Distrito Federal - Adasa, foi aprovada por unanimidade pela Comissão de
Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e
Turismo, da Câmara Legislativa, na reunião extraordinária desta terça-feira
(15), convocada exclusivamente para a arguição prevista na Lei Orgânica do DF.
Caso a indicação de Salles seja aprovada em plenário, ele terá um mandato de
cinco anos à frente da Adasa.
Em sua exposição inicial, Paulo Salles detalhou os
"desafios" que pretende enfrentar na gestão da Adasa,
enfatizando, por exemplo, que a relação de trabalho entre a agência
reguladora e a empresa regulada deve "ocorrer em ambiente de
cooperação" no sentido de garantir a oferta de água com qualidade aos
usuários.
Salles ressaltou que um dos seus objetivos
prioritários será a preservação das bacias hidrográficas do DF, estimulando
inclusive o processo de educação ambiental nas escolas. "Gostaria também
de fazer saneamento rural", exortou, defendendo também a utilização de
água potável do Lago Paranoá.
"Aqui no DF estamos no fio da navalha, pois
temos uma seca forte prolongada seguida de uma estação com a alternância de
muitas chuvas, o que tem gerado a ocorrência de enchentes que comprometem a
rede de
esgotos, prejudicada com a impermeabilização crescente do solo e a
erosão", explicou, anunciando a necessidade de investimento na
sustentabilidade do meio ambiente no DF.
O deputado Chico Vigilante (PT) comentou que não
faria perguntas ao indicado, em razão do vasto currículo de Salles como
especialista naquela área, mas criticou a omissão das agências reguladoras do
País na fiscalização de abusos cometidos pelas empresas prestadoras dos
serviços à população.
O distrital Joe Valle (PDT) concordou com
Vigilante, lembrando que os "acordos políticos" para a indicação dos
gestores públicos têm prejudicado não apenas as agências reguladoras, mas o
funcionamento da administração públicas como um todo. O deputado também
cobrou ênfase na "educação ambiental, voltada ao processo de
prevenção e não apenas um trabalho reativo".
Os distritais Rodrigo Delmasso (PTN) e Cristiano
Araújo (PTB), que presidiu a sessão de arguição, destacaram que a indicação do
governador Rollemberg foi fundamentada pela escolha de um nome técnico, com
vasto currículo especializada na gestão de recursos hídricos. Joe Valle
(PDT) também parabenizou a indicação de Salles.
Política – Durante a arguição, a deputada
Liliane Roriz (PRTB) pediu vistas do processo para avaliar o currículo do
indicado. Logo em seguida, a parlamentar retirou o pedido e votou favorável ao
nome, fazendo, contudo, a ressalva de ser esta uma "indicação
política". Liliane lembrou que a Adasa foi criada durante a gestão de seu
pai, Joaquim Roriz, com o objetivo de regulamentar o uso da água no DF,
considerada hoje uma "agência de excelência". Segundo a deputada, a
agência atingiu esse grau de reconhecimento nacional porque "nunca teve
vínculo político, mas técnico".
O relator do parecer na comissão, deputado
Cristiano Araújo (PTB), disse que Paulo Salles pediu sua desfiliação partidária
antes de se submeter à sabatina. Em seu parecer, o deputado alegou que o
indicado "possui o currículo necessário" para ocupar o cargo.
Zildenor Ferreira Dourado e Franci Moraes -
Coordenadoria de Comunicação Social
Fonte: CLDF