terça-feira, 15 de setembro de 2015

CLDF homenageia Katiele Fischer por sua luta na Justiça pelo tratamento à base de canabidiol

Filme que retrata luta da homenageada será exibido ao final da sessão
"Katiele conhece muito bem o que é viver com um parente com epilepsia e, por conhecer e saber que existe uma alternativa, ela não se calou e fez a diferença", declara o deputado Rodrigo Delmasso (PTN), autor da proposição de título de cidadã honorária de Brasília a Katiele de Bortoli Fischer, que ficou conhecida nacionalmente por sua luta para o tratamento da epilepsia de sua filha com medicamentos a base de canabidiol. A entrega do título acontece hoje (15), às 19h no plenário da Casa, e exibirá no final da solenidade o filme "Ilegal" que retrata a luta da homenageada.
Natural de Barra do Garças (MT), Katiele de Bortoli Fisher veio para Brasília aos 16 anos, onde conseguiu um emprego etiquetando e entregando jornais no Senado Federal. Foi aqui também que se formou e constituiu família. Foi mãe pela primeira vez no ano de 2005, três anos mais tarde dá à luz a segunda filha, Anny, que nasceu com uma doença rara, CDKL5, que é uma síndrome que gera epilepsia de difícil controle.
Durante quatro anos, Katiele buscou um diagnóstico e tratamentos adequados para sua filha, mas que, infelizmente, não foram
efetivos. Após muitos esforços, encontraram, através da internet, o caso de um pai que utilizava o Canabidiol (CBD), que é um das substancias da maconha, para o controle da epilepsia de sua filha.
Justiça - Katiele passou a importar o produto, até então proibido no Brasil, e viu os resultados positivos em Anny. Entretanto, em uma das tentativas de trazer o medicamento, Katiele teve o produto retido e enviado para a ANVISA. A partir daí passou a travar mais uma luta, agora com a justiça pelo direito de escolher o tratamento e o uso do medicamento para a qualidade de vida de sua filha.
No final do ano passado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou os médicos a prescreverem o CBD e, em janeiro de 2015, a ANVISA reconheceu o uso terapêutico do medicamento e o reclassificou. "O desafio agora, é incluí-lo na lista de medicamentos fornecidos pelo governo", ressalta o deputado Rodrigo Delmasso. 

Walter Rodrigues (estagiário) - Coordenadoria de Comunicação Social


Fonte: CLDF