quarta-feira, 26 de agosto de 2015

MP recomenda que GDF dê utilidade a material hospitalar em depósito

Camas, aspiradores, cadeiras de rodas e colchões foram achados em abril. Na época, secretário pediu apuração; Saúde diz que já fez levantamento.

A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Distrito Federal (Prosus) recomendou à Secretaria de Saúde que faça um levantamento e providencie "imediata disponibilização" para os equipamentos hospitalares encontrados em um depósito abandonado em Samambaia, no fim de abril. A recomendação foi protocolada no dia 21 e divulgada nesta terça-feira (25).
Em nota, a secretaria afirma que já fez o levantamento e que o depósito abriga "camas rotativas", que são liberadas para pacientes em tratamento domiciliar e, em seguida, retornam ao estoque da pasta. Outros equipamentos também estão estocados no galpão e vão passar por manutenção, segundo a secretaria. Não há prazo para o procedimento.
Segundo a recomendação, o não atendimento das exigências da promotoria vinculada ao Ministério Público pode sujeitar o GDF a multa administrativa, responsabilização criminal e cível e a processos por improbidade administrativa. O MP também pede que
a secretaria apresente comprovação de cada item que deixar o depósito rumo a uma unidade de saúde e laudos para cada equipamento que for considerado "inviável".
A existência do depósito abandonado foi divulgada em 28 de abril pelo então secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização, Antônio Paulo Vogel. O galpão na quadra QN 502, emSamambaia, abrigava aspiradores portáteis, cadeiras de roda, colchões, camas de luxo e outros equipamentos para UTIs e centros cirúrgicos.
Um vídeo feito naquela época mostra Vogel e o vice-governador do DF, Renato Santana, caminhando em meio às prateleiras. Em uma pilha, oito camas de luxo aparecem amontoadas e ainda na embalagem. Nas caixas, o fabricante recomenda o empilhamento máximo de duas unidades.
Na fachada do depósito, permanecia uma placa do programa assistencial Nosso Pão, Nosso Leite, extinto em 2012. O material teria chamado a atenção de Vogel, que procurou o GDF para apurar o uso do espaço.


Fonte: G1