A Administração relatou que, atualmente, "em
razão da carência de maquinário, Santa Maria tem usado em alguns dias
equipamentos emprestados de outras cidades"
Ana Luiza Campos
ana.campos@jornaldebrasilia.com.br
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Na manhã do último sábado (4), um homem de 76 anos,
conhecido com José das Placas, incomodado com a situação de abandono em Santa
Maria, decidiu por conta própria cortar os galhos de uma árvore na região
central da cidade. Morador da região há cerca de 20 anos, sofreu perigo de
queda ao subir em um cavelete para fazer a poda, já que segundo ele, "ninguém
tomou providências".
Cidadão ativo
José das Placas, desta vez, construiu até um
cavelete para realizar poda de árvores, mas a comunidade local conta que não é
de hoje que o aposentado realiza serviços em área pública. "Álém de estar
sempre preocupado com as podas, ele também
tira lixo da bocas de lobo e tapa os
buracos do asfalto com cimento", revela Julio Fratelli, vizinho de José.
Questão de logística
O Jornal de Brasília entrou em contato com a
Administração Regional de Santa Maria. Segundo a pasta, "em função de um
vencimento de contrato com a coorporativa responsável, não há meios de executar
poda, roçagem e capinagem". A Administração depende da empresa
terceirizada, que fornece equipamentos e maquinários para execução dos
serviços.
Ainda segundo a Administração, a Companhia
Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), órgão responsável por auxiliar nessas
atividades, tem apenas quatro equipes em todo o Distrito Federal. "Por
isso há uma longa espera até que chegue a vez de Santa Maria no cronograma
feito pela companhia", explica.
A administração é responsável pelos serviços
rotineiros da cidade, enquanto a Novacap cuida de grandes áreas. A
Administração relatou que, atualmente, "em razão da carência de
maquinário, Santa Maria tem usado em alguns dias equipamentos emprestados de
outras cidades". Sendo assim, a administração tem priorizado áreas com
maior necessidade.
Por fim, a Administração de Santa Maria informou
que apesar dos serviços de poda, roçagem e capinagem não estarem sendo
realizados na frequência devida - uma vez por mês -, a retirada de lixo e a
operação tapa-buracos tem acontecido normalmente.
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