Posto de combustíveis em
Vicente Pires foi interditado em setembro passado. Dono não foi localizado;
licença foi concedida após laudos, diz ex-gestor.
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O governo do Distrito
Federal informou
que vai acatar a recomendação do Ministério Público e vai impedir um posto de
combustíveis às margens da EPTG, em Vicente Pires, de voltar a funcionar. O
estabelecimento já havia sido interditado. Segundo o MP, o espaço funcionava em
uma área de proteção ambiental.
A reportagem da
TV Globo procurou o empresário Olímpio Queiroga Neto, dono do estabelecimento,
mas não conseguiu contato.
O ex-administrador de Vicente Pires Glênio José da Silva disse por
telefone que autorizou o funcionamento do posto baseado em laudos concedidos na
época pelo Instituto BrasíliaAmbiental (Ibram).
O instituto informou em nota que concedeu apenas uma licença prévia,
mas que no final de 2014 paralisou e lacrou as obras à espera de novos
laudos
tecnicos. O vice-governador e administrador interino de Vicente Pires, Renato
Santana, disse em nota que recebeu a recomendação do MP na última quinta-feira
(2) e que já mandou publicar no diário oficial a ordem de serviço que anula a
licença dada ao posto.
O posto fica em uma área onde também estão instalados outros comércios,
como um restaurante. O local está cercado e as bombas de combustível envolvidas
em plástico bolha. Segundo o MP, o estabelecimento não poderia operar ali pois
se trata de uma atividade de risco e pode trazer prejuízos ao meio ambiente.
De acordo com o MP, os donos do posto não comprovaram a realização das
vistorias obrigatórias do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e do Ibram. O
comércio também não tem a autorização da Agência Nacional de Petróleo para
funcionar.
Por causa das supostas irregularidades, o órgão ministerial recomendou
a anulação da licença de funcionamento do posto, concedida em novembro passado
pelo então administrador regional.
A empresa é administrada pela Calltech Combustíveis,
de José Olímpio Queiroga Neto. O empresário foi preso em 2013 na operação
Monte Carlo, da Polícia Federal, que investigou suposto esquema de jogos
ilegais no DF e em vários estados. Na ocasião, o comerciante foi apontado pela
policia como sócio do contraventor Carlinhos Cachoeira.
Fonte: G1