sábado, 8 de novembro de 2014

Petrobras: reajuste da gasolina não gera otimismo entre investidores

Segundo profissionais do mercado, a correção de 3% da gasolina nas refinarias veio abaixo do esperado

Postos de Brasília mantinham o preço antigo até ontem, mas devem ajustar as bombas no fim de semana

O reajuste do preço dos combustíveis não foi suficiente para gerar otimismo dos investidores com a Petrobras. Ontem, os papéis preferenciais da estatal fecharam em alta na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), mas a valorização foi atribuída às notícias sobre o crescimento lento do emprego nos Estados Unidos, que, ao indicar que a elevação dos juros naquele país ainda pode demorar, provocaram ordens de compra no mercado brasileiro. Até então, as ações mostravam baixa
superior a 3%. No fim do pregão, as preferenciais registraram elevação de 1,49% e as ordinárias, de 1,62%.

Segundo profissionais do mercado, a correção de 3% da gasolina nas refinarias veio abaixo do esperado. Para o consumidor, porém, combustível mais caro é sempre uma preocupação. Em Brasília, quem correu para abastecer o carro na manhã de ontem ainda encontrou o produto pelo preço antigo, entre R$ 3,12 e R$ 3,15 por litro. Em alguns postos, o movimento cresceu 50%. Apesar de os empresários não terem repassado o reajuste anunciado na quinta-feira pela Petrobras, alguns estabelecimentos já haviam recebido o combustível do fornecedor com aumento, e sinalizavam que os valores devem ficar mais salgados neste fim de semana.

Nos postos do Sudoeste, o preço na bomba era de R$ 3,15. Gerentes afirmaram que ainda não sabiam quando exatamente o valor aumentaria. Mas funcionários admitiam que os clientes poderiam ter uma surpresa ainda no fim da tarde. “É por isso que não acredito em promessas de campanha. Menos de 15 dias após o segundo turno, o aumento chegou. Assim que soube, vim logo abastecer”, destacou o empresário Reginaldo Valêncio, 58 anos. Em seus cálculos, o preço na bomba deve chegar aos R$ 3,25. “Economizei R$ 0,10 por litro”, comemorou.


Fonte: Correio Braziliense