O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (29)
proposta que obriga os hospitais e maternidades a fazerem exame em
recém-nascidos para avaliar a anatomia da língua - procedimento conhecido como
"teste da linguinha". O propósito é verificar se há a necessidade de
cirurgia para corrigir possíveis irregularidades no frênulo lingual, estrutura
que liga a parte inferior da língua à boca. Quando não há a correção, a
criança pode desenvolver dificuldades de sucção, deglutição e mastigação, além
de problemas na fala.
O autor do projeto (PLC 113/2013), deputado Onofre Agostini
(PSD-SC), esclareceu que o diagnóstico precoce possibilita o tratamento
imediato e a prevenção dos problemas decorrentes da anquiloglossia, termo
científico que designa a anomalia. Segundo o parlamentar, ao não dar conta de
sugar direito, o bebê pode ter que ser desmamado
antes do tempo certo, com
prejuízos ao desenvolvimento adequado da criança.
O relator do projeto no Senado, Eduardo Amorim
(PSC-SE), explicou que o exame é bastante simples, rápido e indolor. Enquanto o
bebê está mamando, o profissional de saúde faz a avaliação anatômica e da força
de sucção, além de análise dos batimentos cardíacos, da respiração e da
saturação do oxigênio.
Se a má formação for detectada, a correção, de acordo
com Amorim, é feita com uma cirurgia chamada de frenectomia. É um procedimento
simples e rápido, que pode ser feito com anestesia local, durante o tempo de
permanência do bebê no hospital. Na rede pública, já são obrigatórios os testes
do pezinho (rastreamento de doenças assintomáticas) e da orelhinha (para
detectar surdez), também é comum o teste do olhinho.
O projeto segue para sanção presidencial.
Fonte: Agência Senado