Petista pressiona Agnelo para virar chefe da mulher que seu marido
assediou
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Cida Abreu, a petista que é mulher do acusado de
assédio.
Mulher do ex-subsecretário de Promoção de Igualdade
Racial do governo do DF Moredison Ramos Cordeiro, que foi exonerado após ser
denunciado à polícia por assédio sexual, a secretária nacional de Combate ao
Racismo do Partido dos Trabalhadores, Cida Abreu, quer a forra: ela pressiona o
governador Agnelo Queiroz (PT) a demitir o secretário da pasta, Viridiano
Custódio de Brito, e ser nomeada em seu lugar...
Moredison Cordeiro foi denunciado À Delegacia da
Mulher por assédio sexual contra uma assessora. Num texto que não omite nem
mesmo os insultos, a moça descreveu as barbaridades ouvidas na sala do chefe. A
assessora, que estava grávida e é casada, ainda contou à polícia que chegou a
pedir para ser remanejada dentro do órgão devido ao assédio, que tinha se
tornado cada vez mais frequente durante um ano
em que trabalham juntos. Ela
ainda ressalta às agentes de polícia que teme sofrer retaliações no retorno ao
trabalho. Se a mulher de Moredison assumir o cargo titular da secretário, as
Moredison: assédio e comentários vulgares
possibilidades de retaliação podem ser confirmar. Mãe de cinco filhos, a
assessora chorava só de pensar em ter que vê-lo no trabalho. Moredison se disse
“surpreso” e sugeriu ser “vítima” de uma “rasteira política”.
Ao Diário do Poder, a mulher negra, de 40 anos, corpo
emoldurado, revelou-se indignada. “Nada o dá o direito de me tratar com aquela
falta de respeito”, contou com os olhos lacrimejando. O tratamento
desrespeitoso interferiu na família e só não estremeceu o casamento porque diz
ser construído em base sólida. Mas ela foi obrigada a lidar com o interesse e
as vulgaridades do chefe.
Cansada, a mulher procurou a Delegacia da Mulher e
denunciou Moredison. “Não tem cunho político, a denúncia é de uma mulher que
não aguentava mais ser tratada daquela forma”, conta ela. O secretário-adjunto,
José Alves, reconhece que ela pediu por duas vezes para trocar de setor, mas
não teria justificado o motivo. A Ouvidoria do governo prometeu que
investigaria o caso, mas nunca divulgou suas conclusões.
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Fac-simile da ocorrência da vítima de assédio sexual,
na Delegacia da Mulher.
Fonte:
Portal Diário do Poder - 02/03/2014