O deputado peemedebista estava afastado da Casa desde a deflagração da
Operação Miquéias, cujas investigações ligaram o nome do parlamentar ao da
modelo Luciane Hoepers
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Após uma semana longe das
câmeras e de seus pares da Assembleia Legislativa, o deputado estadual e
presidente do PMDB goiano, Samuel Belchior, discursou no plenário nesta
terça-feira (1º/10). Em sua fala, desafiou seus detratores a provarem que ele
teria levado a modelo e suposta “pastinha” Luciane Hoepers a prefeitos do
Estado. Belchior estava afastado da Assembleia desde a deflagração da Operação
Miquéias, cujas investigações ligaram seu nome ao da modelo.
O peemedebista declarou durante o Grande Expediente que conheceu Luciane em março de 2013, e que em nenhum momento a apresentou a prefeitos ou fez a intermediação de qualquer negócio do grupo investigado pela Polícia Federal. Ele rebateu as informações de que teria sido conduzido coercitivamente no dia 19 de
setembro. “Fui convidado a comparecer à Polícia Federal. Não fui intimado ou
convocado coercitivamente. Não receio em dar explicações. Lutei a vida toda
honestamente. Os senhores sabem disso”, disse. ...O peemedebista declarou durante o Grande Expediente que conheceu Luciane em março de 2013, e que em nenhum momento a apresentou a prefeitos ou fez a intermediação de qualquer negócio do grupo investigado pela Polícia Federal. Ele rebateu as informações de que teria sido conduzido coercitivamente no dia 19 de
Para Belchior, toda a polêmica envolvendo seu nome é fruto de sensacionalismo da imprensa, já que mais de 120 pessoas estariam sendo investigadas, enquanto a ele é dado o maior destaque nos noticiários. O peemedebista refutou que o fato de ter chamado Luciane de “Lu” ou de “chefa”, como aparecem nos grampos telefônicos da PF, indiquem qualquer intimidade. “Imaginem se eu estivesse grampeado? Todos vocês (deputados) estariam presos, já que chamei a todos de chefe. Quantos aqui se apresentam por apelido ou nome que gostam de ser chamados. O interesse é atingir minha família e minha esposa, que sofre humilhação pública. Disseram que eu era íntimo da moça por chamá-la de 'Lu'. Leiam o inquérito, que apesar de sigiloso, está espalhado país afora", afirmou.
O parlamentar relatou ainda ter se sentido violado ao ter sua casa revistada pelos agentes da Polícia Federal às 6h da manhã. Ele disse não desejar que atos como esse não ocorram a nenhum de seus adversários e julgou como “desnecessária a atitude dessas operações”.
O deputado reiterou que jamais intermediou o contato de Luciane com qualquer prefeito e disse não conhecer nenhuma das outras pessoas que são apontadas pela PF como integrantes da quadrilha especializada em desviar recursos de fundos de pensão de Estados e prefeituras. “Desafio qualquer um a provar que tenho qualquer envolvimento com esta operação", disse.
Em seguida, foi a vez de Túlio Isac (PSDB), líder do governo na Assembleia, subir no plenário. "Queria que o deputado Samuel Belchior tivesse a mesma humildade que teve hoje na tribuna quando acusava o governador Marconi Perillo (PSDB) de envolvimento com a quadrilha de Carlos Cachoeira. Vossa Excelência pediu a cabeça do governador na tribuna”, declarou.
Segundo Isac, quando ocorriam as investigações da operação Monte Carlo, Belchior “denunciou quadrilhas e cobrou moralidade”. “Temos de ter humildade, quando ocorrer com terceiros, para não tripudiar", afirmou.
O tucano aproveitou a oportunidade para anunciar que já tem 20 assinaturas para o requerimento que solicita a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as irregularidades levantadas na Operação Miquéias. De acordo com ele, são necessárias 14 assinaturas para a instalação da comissão.
Fonte:
Jornal Opção - 02/10/2013