terça-feira, 2 de julho de 2013

TJ de Alagoas decide falência de congressista mais rico do Brasil

O Tribunal de Justiça de Alagoas decide, nesta terça-feira (2), se decreta a falência das empresas do congressista mais rico do Brasil: o deputado federal João Lyra (PSD), que é pai de Thereza Collor (viúva de Pedro, pivô do impeachment do irmão, Fernando Collor). 

O desembargador José Carlos Malta Marques, que é presidente do TJ e relator da matéria, coloca o caso em julgamento.

A falência foi decidida no final de setembro do ano passado, mas virou uma guerra na Justiça. Os advogados do Grupo João Lyra argumentam que o
juiz convocado, pelo TJ, Marcelo Tadeu, tem problemas pessoais com o parlamentar e ele não poderia decretar a falência do grupo. ...

A Presidência do TJ decidiu, ano passado, aceitar uma ação de suspeição, movida contra o juiz. Os desembargadores decidem nesta terça o futuro desta ação.

Consultado, o Ministério Público Estadual diz que o magistrado agiu baseado na lei. Portanto, não deve estar sob suspeição. Se o TJ acatar a recomendação, a falência das empresas fica valendo.

A dívida acumulada supera R$ 1 bilhão. Ele tentou uma negociação com o sobrinho, Robert Lyra, o Bob Lyra, mas a parceria fracassou. Os empregados estão há seis meses sem receber salários. O Tribunal Regional do Trabalho proibiu o grupo de contratar pessoal, até que pague a dívida com os atuais funcionários e os antigos, já demitidos. O Ministério Público do Trabalho entrou com uma ação, contra JL, e pede R$ 100 milhões de danos coletivos, por atrasos nos salários.

Lyra é o congressista mais rico do Brasil. Declarou ao Tribunal Superior Eleitoral uma fortuna superior a R$ 200 milhões. 

Na massa falida estão: três usinas em Alagoas e duas Minas Gerais, uma empresa produtora de fertilizantes e adubos, a Adubos Jotaele; uma concessionária de automóveis, a empresa de táxi aéreo Lub e o hospital São Vicente de Paulo.

A dívida é resultado de empréstimos, que não foram pagos, com os bancos Calyon (Londres), Alcotra (Bélgica), Natixis (França) e Banco do Nordeste (Brasil).


Fonte: Portal Terra - 01/07/2013